Seminário da AEA discute a necessidade de investimentos em P&D e incentivos federais
Por Redação| autoindustria@autoindustria.com.br
Enquanto a China conta com mais de 140 mil pontos de recarga dedicados à indústria automotiva e os Estados Unidos quase 40,5 mil, no Brasil esse número não passa dos 200.
Ao destacar tais dados no Seminário de Segurança Veicular e Eletroeletrônica, promovido pela AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, na quinta-feira, 17, em São Paulo, o gerente de negócios da Baterias Moura, Juliano Mendes, comentou que a eletromobilidade no Brasil requer iniciativas federais para adequar-se aos avanços mundiais hoje em curso.
Dentre elas, citou a eletrificação de frotas públicas, redução de impostos, criação de fundos para P&D, além do desenvolvimento e atualização do Plano Nacional de Eletromobilidade, lançado em 2017.
Todo o seminário da AEA, cujo tema principal foi “O Brasil em 2030: o que esperar da segurança e eletroeletrônica em veículos automotores”, girou em torno dos caminhos que o País precisa seguir para não ficar atrasado em relação ao resto do mundo. Dentro do contexto, a eletrificação foi apresentada como tendência obrigatória para a evolução da cadeia automotiva e o cumprimento das metas de emissões.
“O evento da AEA acontece mais uma vez em momento ímpar, às vésperas do início da nova política industrial do setor automotivo, o Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, que vai contemplar metas importantes em termos de segurança e conectividade veicular”, disse o presidente da entidade, Edson Orikassa, na abertura do evento.
Como comentou Regis Errerias, engenheiro de produto da General Motors, a indústria vai mudar mais nos próximos 5 anos do que nos últimos 50 anos. Em palestra sobre veículos elétricos, ele discorreu sobre os desafios do desenvolvimento da indústria quando o assunto é eletrificação baseado no projeto do veículo elétrico Bolt EV, tais como soluções para redução de peso, segurança, baterias de alta voltagem, conforto e economia nas operações, dentre outros.
Eduardo José de Souza, diretor da Electric Mobility, falou sobre soluções de infraestrutura de recarga para veículos elétricos e híbridos Plug In, incluindo carregadores residenciais, comerciais e públicos.
Já o gerente de produto da Robert Bosch, Bruno Mori, exibiu um estudo realizado pela RAND, uma organização de pesquisa americana voltada para políticas públicas. De acordo com Mori, o carro autônomo, se introduzido em 2030, irá poupar 930 mil vidas em 50 anos. “Estima-se também que 30 anos depois da introdução desses carros, a grande maioria da frota, perto de 80%, seja composta de veículos autônomos”.
Foto: Divulgação/AEA
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