Por Redação| autoindustria@autoindustria.com.br

Sem acordo com a empresa, os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, SP, da Mercedes-Benz do Brasil decidiram em assembléia realizada na manhã da segunda-feira, 21, manter a greve iniciada uma semana antes. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC não houve acordo em relação ao reajuste salarial e nem o valor da PLR, Participação nos Lucros e Resultados.

A paralisação, portanto, completou seis dias úteis sem avanço nas negociação, que têm ocorrido todas as tardes desde que o movimento foi deflagrado. Novas reuniões foram programadas para segunda-feira, 21, e haverá assembléia na terça-feira, 22, às 7h30.

A greve na Mercedes-Benz marca a retomada do movimento sindical na área metalúrgica após anos de paralisia em função da crise que se abateu no mercado de veículos, o setor que mais emprega trabalhadores da categoria. Entre 2013 e 2016 os trabalhadores, principalmente das fabricantes de veículos pesados, aceitaram reajustes abaixo da inflação, além de terem concordado com programas de flexibilização no emprego, com redução de jornada e de salários.

Agora, com a retomada do mercado, há uma tentativa de se recompor perdas passadas. No ABC paulista, já houve acordo na Scania. Na Grande Curitiba houve acertos na Renault e Volvo.

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“Assim que acabou a assembleia na sexta-feira, comunicamos o resultado para a direção da fábrica e reforçamos que precisaríamos reabrir as conversas e avançar nas propostas”, explicou o secretário-geral do sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva. “No fim de semana, voltamos à mesa de negociação, mas a empresa continuou contra a incorporação do reajuste no salário e rejeitando mudanças na fórmula de cálculo do PLR. Como não deu nenhum sinal de avanço nas conversas, a greve está mantida”.]

Na sexta-feira, 18, os metalúrgicos rejeitaram em assembléia proposta de acordo coletivo que previa a reposição salarial pelo INPC na data-base (maio), mais um abono sem incorporação nos salários. A fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, segundo o sindicato, tem 8 mil trabalhadores. A entidade não revela o valor do PLR em discussão.


Foto: Divulgação/SMABC/Edu Guimarães

Alzira Rodrigues
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