Indústria

Greve dos caminhoneiros prejudica produção

Se o movimento continuar, todas as montadoras vão parar até o fim de semana, diz Anfavea

Por Redação, | autoindustria@autoindustria.com.br

A greve nacional dos caminhoneiros poderá paralisar toda a produção de veículos no país até o fim de semana, caso o movimento perdure até lá. Quem admite o risco é o presidente da Anfavea, Antonio Megale, que por meio de nota emitida na quarta-feira, 23, informou que muitas fábricas já pararam suas linhas de montagem por falta de peças.

“A situação é preocupante”, destacou a entidade que representa as montadoras aqui instaladas. É certo, segundo Megale, que todas as fábricas vão parar até sexta-feira, 25.

“Com isso, teremos uma queda na produção, nas vendas e nas exportações de veículos, tendo como consequência um impacto direto na balança comercial brasileira e na arrecadação de tributos”.

Iniciada na segunda-feira, 21, a greve nacional dos caminhoneiros – deflagrada por causa do reajuste do preço do óleo diesel – afetou a produção em quase duas dezenas de fábricas de veículos leves e pesados já no segundo dia da paralisação. Na quarta-feira, 23, outras pararam pelo menos um turno.

O impacto é genérico, abrangendo desde as fábricas do ABC paulista – a Scania, por exemplo, está com produção paralisada – até as do interior paulista, do Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais e Parana. Ou seja, praticamente todas as montadoras estão com problemas.

Responsável por 4% do PIB nacional e 20% do PIB industrial, o setor automotivo – assim como a maioria dos demais segmentos industriais – depende integralmente do transporte por caminhões. Isso tanto para o abastecimento das peças como a distribuição dos veículos prontos.

A Anfavea não estimou valores do prejuízo que a greve dos caminhoneiros poderá provocar no setor, mas é certo que eles já estão sendo contabilizados pelas montadoras.

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Além de desabastecimento do mercado automotivo, que encontra-se em fase favorável – as vendas diárias na primeira quinzena do mês chegaram a 10,7 mil veículos – tem a questão das exportações. São contratos pré-acertados que certamente vão gerar desgaste para as montadoras brasileiras.


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Alzira Rodrigues

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