Acordo também prevê abono salarial e pagamento de PLR em duas parcelas
Por Redação, | autoindustria@autoindustria.com.br
A Mercedes-Benz do Brasil fechou acordo com os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) nesta quinta-feira, 24, válido para este ano e o próximo. A empresa concedeu reajuste integral do INPC e mais aumento real de 3%, dividido igualmente em 2018 e 2019 (data-base maio) e PLR, Participação nos Lucros e Resultados, em duas parcelas – junho e dezembro –, sem valor revelado.
Também concordou em conceder abono de R$ 2.500,00 em 2018 e R$ 2.500,00 em 2019, acertando compensação dos dias parados. A greve, encerrada na quinta-feira, 24, durou oito dias úteis. Em nota, a Mercedes-Benz reforçou a importância do acordo para a retomada da produção em sua unidade do ABC paulista.
A proposta feita pela montadora foi aprovada pela manhã em assembleia em frente à fábrica conduzida por representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Segundo a entidade, ficou acertada também uma correção no valor da PLR para o próximo ano.
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“A empresa abrirá um PDV aos mensalistas e não haverá a redução da jornada e do salário, conforme havia sido cogitado pela empresa em proposta rejeitada ainda na mesa de negociação”, informou o sindicato.
As negociações entre a entidade e a empresa foram retomadas na tarde de quarta-feira, 23, quando acabou havendo o consenso que gerou o fim da greve.
“A mobilização dos trabalhadores demonstrou à direção da empresa o quanto estávamos unidos e fortes. Com certeza foi o que nos permitiu avançar na proposta e garantir um acordo que contemplasse a reivindicação dos companheiros”, destacou o secretário-geral do Sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz, Aroaldo Oliveira da Silva.
Com a aprovação da proposta, fica cancelada a audiência no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, que estava marcada para sexta-feira, 25, após decisão da Mercedes-Benz de entrar na Justiça do Trabalho com com pedido de dissídio coletivo na terça-feira, 22.
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A fábrica da Mercedes-Benz no ABC paulista emprega cerca de 8 mil trabalhadores e a empresa não comentou as perdas geradas pela greve de oito dias. O movimento dos trabalhadores por aumento real e maior valor da PLR ocorreu em momento de vendas aquecidas. A procura por caminhões está em alta e há previsão até de falta de produto no mercado. O problema pode ser agravado com a greve dos caminhoneiros que está afetando a produção da maioria das montadoras instaladas no País.
Foto: Divulgação/SMABC/Edu Guimarães
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