Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A forte ascensão da produção da Marcopolo em 2018 terá uma inesperada freada na próxima semana. A greve dos caminhoneiros desarrumou o fluxo de suprimentos de componentes e a maior fabricante da carrocerias de ônibus do País decidiu paralisar suas fábricas entre 28 de maio e 1º de junho.
Na prática, os cerca de 5 mil funcionários das três unidades fabris da empresa em Caxias do Sul (RS) ficarão em casa a partir de amanhã até o próximo domingo, retornando ao trabalho na segunda-feira, 4. Por conta do feriado do dia 31, entretanto, haverá apenas quatro dias úteis na semana que vem.
A paralisação foi decidida em assembleia da empresa com os funcionários na quinta-feira, 24. A Marcopolo informa que “para cumprir o compromisso de entregas aos clientes, haverá compensação das horas, conforme alinhamento realizado com o Sindicato dos Metalúrgicos”.
Durante os quatro dias inativos deixarão de ser produzidos em torno de 140 ônibus. A encarroçadora não descarta, porém, a antecipação da volta ao trabalho, caso o abastecimento de componentes seja regularizado antes. “A empresa seguirá acompanhando a evolução do tema e caso haja possibilidade de retorno antecipado os colaboradores serão informados”, afirmou em nota.
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Produção em alta — O ritmo de produção no primeiro quadrimestre foi o melhor da Marcopolo desde 2013, segundo melhor ano da história da indústria de carroceria. De janeiro a abril, saíram de suas linhas de montagem 2.628 ônibus, crescimento de 76% com relação a igual período do ano passado. Sozinha, a montadora de Caxias detém 53% do mercado brasileiro.
Em 2017, as três plantas gaúchas produziram 8.852 carrocerias, das 10.662 unidades que a Marcopolo fabricou em todo o mundo — a empresa tem montagem ainda no México, Colômbia e África do Sul. O resultado representou evolução de quase 20% sobre as 7.181 unidades fabricadas um ano antes.
O melhor desempenho da Marcopolo este ano está acima também da forte evolução de todo o setor de ônibus tanto no mercado interno quanto nas exportações.
Na média de veículos rodoviários e urbanos, as vendas internas cresceram 43% de janeiro a abril e se aproximaram de 3,7 mil emplacamentos.
O movimento nos portos foi ainda mais intenso: seguiram para outros mercados no mesmo período 3.236 veículos, 47,6% a mais do que no primeiro quadrimestre do ano passado.
Foto: Divulgação/Marcopolo
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