Por Alzira Rodrigues| alzira@autoindustria.com.br
Com exceção da Volkswagen, que superou a Fiat no acumulado do ano e consolidou-se como vice-líder, as demais marcas mantiveram as mesmas posições no ranking das dez mais vendidas no País até maio. Mas isso não quer dizer que a briga por participação não esteja acirrada.
A Jeep, por exemplo, detinha 3,9% do mercado em maio do ano passado, índice que chegou a 5,1% este ano. Manteve-se na nona posição do ranking, mas aproximou-se bastante da Honda, a oitava colocada, que teve fatia reduzida de 6,6% para 5,4% — uma diferença no mês entre as duas marcas de apenas 0,3 ponto porcentual, conforme dados divulgados pela Fenabrave.
A forte disputa interna no segmento de SUVs tem grande peso nesse contexto. No acumulado de janeiro a maio de 2017, o segmento era liderado pelo Honda HR-V, com 19,1 mil unidades emplacadas ante as 18,2 mil do Jeep Compass. Este ano, o modelo produzido pela FCa em Goiana (PE) já acumula 23,1 mil licenciamentos, ante as 20 mil do HR-V, assumindo o primeiro lugar.
Todas as marcas estão cientes, hoje, da importância dos SUVs para galgar degraus por aqui. E com a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, detentora da marca Jeep, não poderia ser diferente. A empresa promete lançar quatro SUVs no Brasil até 2021, sendo um deles um Jeep de sete lugares.
O anúncio foi feito pela empresa na sexta-feira, 1, em Balloco, Itália, quando divulgou plano estratégico global para os próximos cinco anos. Além de um novo Jeep, produzirá outros três utilitários esportivos com a marca Fiat – um também de sete lugares e também fabricado em Goiana, e outros dois em Betim (MG) – um subcompacto e um compacto.
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É clara, assim, a estratégia da FCA de não só continuar expandido a participação da marca Jeep por aqui, mas também a de recuperar terreno perdido pela Fiat no País.
No ranking das dez mais, a líder General Motors reduziu sua participação de 17,7% no acumulado de janeiro a maio de 2017 para 16,9% no mesmo período deste ano. A Fiat também perdeu espaço, com fatia reduzida de 13,3% para 12,7%.
Já a Volkswagen ampliou penetração de 12,7% para 14,7% no acumulado do ano. E em maio, particularmente, aproximou-se ainda mais da GM, com penetração de 15,2% ante os 16,6% da líder. No acumulado do ano, vêm na sequência Ford – com participação de 9,4%, Hyundai (8,7%), Toyota (8,2%) e Renault (7,3%).
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Honda detém no período de janeiro a maio 5,9%, índice que era de 6,7% no mesmo acumulado de 2017. Já a Jeep ampliou fatia de 4,2% para 4,4%. A Nissan fecha o ranking da dez mais com 4,2% do mercado este ano, contra os 3,5% de um ano antes.
Foto: Divulgação/Jeep
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