Câmbio tem apenas quatro velocidades, opção quase extinta no mercado
Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A partir da segunda quinzena deste mês a rede de concessionárias Caoa Chery começa a receber as primeiras unidades da versão automática do Tiggo 2. O modelo, fabricado em Jacareí (SP), foi lançado há apenas dois meses com câmbio manual e será o principal produto da marca no mercado interno longo de 2018.
São duas versões com a nova transmissão — Look e ACT — e preços sugeridos de, respectivamente, R$ 66.900,00 e R$ 69.990,00. A montadora, porém, escolheu um câmbio com somente quatro velocidades, algo que já se julgava extinto no mercado brasileiro, já que todos os recentes lançamentos têm seis ou mais marchas.
A Look, dentre outros recursos, dispõe de central multimídia, câmera de ré, volante multifuncional, piloto automático, ar-condicionado automático e volante revestido em couro. Já a ACT agrega ainda bancos revestidos em couro ou sintético, teto solar, controle de tração, controle de estabilidade e assistente de partida em rampa.
As mesmas versões com câmbio manual custam R$ 59.990 (Look)R$ 66.490,00 (ACT). Como o motor segue sendo o 1.5 flex, os R$ 7 mil a mais que a Caoa Chery pede pela Look automática contemplam também pacote de equipamentos mais completo.
A marca foi criada oficialmente em novembro do ano, com a compra de 50% da Chery Brasil pelo nacional Grupo CAOA. Até o fim do ano, afirma a empresa, a rede da marca deve chegar a 40 lojas. Hoje são trinta pontos.
Quando do lançamento do utilitário esportivo manual em março, porém, Marcio Alfonso, presidente da Caoa Chery, projetou 55 revendas no encerramento do ano. Até lá, afirmou, serão lançados mais três modelos no mercado interno.
A ambição da empresa não é pouca. Alfonso e equipe trabalham com a meta de ter 5% do mercado brasileiro de veículos leves dentro de cinco anos. Para se ter uma ideia: hoje essa participação colocaria a Caoa Chery como a nona marca mais vendida no Brasil, à frente da Jeep e apenas um ponto porcentual atrás da Honda.
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O objetivo já para o fim do ano que vem é ter 1% de participação, desempenho semelhante ao da Peugeot ou Citroën em 2017. Para 2018, Alfonso espera 0,6%. Como a Anfavea projeta vendas internas de 2,4 millhões de automóveis, a participação equivaleria a cerca de 14,5 mil unidades.
Mas o executivo vai um pouco mais além e projeta 15 mil veículos vendidos, dos quais entre 8 mil e 8,5 mil somente do Tiggo 2. É, no mínino, um sinal de que a linha de produção em Jacareí, assim como as negociações nas revendas, terão que ser bastante acelaradas daqui para frente.
Até porque, de janeiro a maio, foram vendidos cerca de 1,6 mil unidades do compacto QQ e do Tiggo, quase um décimo do estimado para o ano. O utilitário esportivo ainda representa a menor parte do total: 264 unidades desde o lançamento, em março.
Mas é bom lembrar: no acumulado até maio de 2017, a Chery havia vendido somente 488 unidades do QQ, Celer e Celer Sedan, três vezes menos do que registrou no mesmo período de 2018. Ao longo de todo do ano passado, foram 3,7 mil emplacamentos, sendo 3,2 mil do QQ.
Foto: Divulgação / Caoa Chery
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