Trabalhadores terão reajuste salarial pelo INPC e pagamento da PLR em duas parcelas
Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC acaba de fechar mais um acordo com montadora da região. Em assembleia realizada na terça-feira, 12, os trabalhadores da fábrica da Toyota de São Bernardo do Campo aprovaram proposta de acordo coletivo negociada pela entidade, que tem validade de dois anos.
A planta produz peças e componentes para os veículos nacionais Corolla e Etios, para a picape Hilux produzida na Argentina e para outros veículos da marca fabricados no Canadá e Estados Unidos, como RAV 4, Highlander e Camry.
O acordo garante aos 1.150 trabalhadores da unidade reposição salarial pelo INPC do período na data-base, que é setembro, até o teto de R$ 9.850, valor que contempla a totalidade dos trabalhadores da produção e a maioria dos mensalistas. O piso salarial também será corrigido pelo INPC e a PLR, Participação nos Lucros e Resultados, será paga em duas parcelas (junho e dezembro). Todas as cláusulas sociais previstas no acordo anterior foram mantidas.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora não divulgam valores de PLR. Dentre as participações já concedidas no setor e com valor anunciado, a da fábrica da Renault no Paraná é a maior. Lá a participação nos lucros e resultados foi acertada em R$ 25,5 mil. Também naquele Estado foi conquistada PLR com valor mínimo de R$ 9,5 mil na Volvo.
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Os pagamentos seguem o mesmo calendário deste ano no próximo e a PLR será corrigida pela inflação. Durante a assembleia, o presidente do Sindicato, Wagner Santana, informou que a empresa se comprometeu a discutir a possibilidade de aplicação de um aumento real em 2019.
“A crise política e econômica está atrapalhando muito as negociações com as empresas, por isso é de grande importância aprovarmos acordos de longo prazo nesse momento. Conseguir esse acerto na Toyota por dois anos, assim como conseguimos na Mercedes-Benz e outras empresas, prova que o sindicato é extremamente necessário para a organização e defesa dos interesses dos trabalhadores”.]
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Além da Mercedes-Benz, que teve greve de mais uma semana antes da assinatura do acordo, e da Toyota, o Sindicato do ABC já fechou acordo na Scania e em várias empresas de autopeças.
Foto: Divulgação/SMABC/Adonis Guerra
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