Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi caminha firme na meta de ultrapassar os € 10 bilhões em sinergias até 2022. Na quarta-feira, 13, a companhia anunciou que suas sinergias anuais foram ampliadas em 14% no ano passado, atingindo € 5,7 bilhões ante os € 5 bilhões de 2016.
A Mitsubishi Motors fechou o primeiro ano de sinergias como membro da Aliança, que envolveu convergências também nas áreas de pós-venda, qualidade, satisfação total do cliente e desenvolvimento de negócios
“A Aliança tem um impacto direto e positivo no crescimento e na lucratividade de cada empresa-membro,” comentou Carlos Ghosn, chairman e CEO da Renault-Nissan-Mitsubishi.
Segundo o executivo, a Aliança continuará nos próximos anos a acelerar o processo de convergência por meio de um maior compartilhamento de instalações industriais, plataformas de veículos comuns, compartilhamento de tecnologias e uma presença conjugada, tanto em mercados maduros como nos emergentes.
As últimas sinergias refletem economias de escala realizadas pelas três empresas-membro, com vendas acumuladas que ultrapassaram 10,6 milhões de veículos em 2017. Com isso, a Aliança tornou-se o maior grupo automotivo do mundo em termos de vendas de carros de passeio e veículos comerciais leves,
Até o final do planejamento estratégico Alliance 2022, Renault, Nissan e Mitsubishi preveem vender mais de 14 milhões de veículos ao ano, Desse total, 9 milhões devem ser produzidos com base em quatro plataformas comuns, incluindo veículos elétricos e modelos do segmento B, além de uma expansão no uso de grupos motopropulsores comuns, passando de um terço para 75% do total.
Também contribui para o aumento de competitividade o compartilhamento de investimentos. A Nissan e a Mitsubishi Motors, por exemplo, uniram forças no ano passado para desenvolver a próxima geração dos Kei Cars, o segmento dos minicarros do Japão.
Em 2017, a Organização de Compras da Aliança reduziu custos por meio da centralização de atividades como compras de componentes, equipamentos e ferramentais, negociações globais de contratos e fornecimento conjunto de energia para suas fábricas em todo o mundo.
Dentre as novas sinergias tem ainda o compartilhamento de armazéns de peças de reposição entre as três montadoras na Europa, Japão e Austrália.
Há ainda plataformas compartilhadas, como o Datsun Redi-GO e o Renault Kwid, além de atividades de manufatura cruzada, como é o caso da produção da picape Renault Alaskan em fábricas da Nissan em Cuernavaca, no México, e em Barcelona, na Espanha.
Os custos associados com o transporte de veículos foram reduzidos significativamente em 2017, já que a Nissan e Mitsubishi Motors consolidaram o frete de veículos acabados a partir de suas fábricas na Tailândia para suas respectivas redes de concessionárias.
Foto: Divulgação/Renault
- 2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil” - 19 de dezembro de 2024
- 2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro - 19 de dezembro de 2024
- Importações de autopeças avançam 11%, exportações recuam 14% - 18 de dezembro de 2024