Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A indústria de autopeças segue com números altamente favoráveis este ano, com resultados até abril que superam os observados entre 2014 e 2017, segundo balanço do quadrimestre divulgado pelo Sindipeças este semana. O faturamento do setor cresceu 26,2% de janeiro a abril, com crescimento de dois dígitos em relação ao mesmo período do ano passado em todos os segmentos de negócios.
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As montadoras, por exemplo, ampliaram a compra de autopeças em 26,9% no período. As vendas para o mercado reposição cresceram 17,2% e os negócios intrassetoriais tiveram alta de 12,6%. A diversificação dos mercados-alvo e o impulso proporcionado pela cotação mais elevada da moeda americana fizeram as exportações avançarem 35,2%, mensuradas em reais, e 29,3% em dólares.
Com relação às vendas externas, o Sindipeças alerta para o fato de que o advento da crise financeira e cambial na Argentina deverá afetar as exportações do setor nos próximos meses, uma vez que o país vizinho absorve mais de 30% do volume enviado para fora.
Em compensação, a desvalorização mais forte do real entre os meses de abril e maio oferece estímulos adicionais para que as vendas ao exterior avancem, sobretudo para os Estados Unidos e países da América Latina e Europa.
No comparativo mensal, de abril com março, houve pequeno recuo de 1,5% no faturamento em função do menor número de dias úteis do mês. O setor opera hoje com apenas 30% de capacidade ociosa e no quadrimestre ampliou seu quadro de mão de obra em 9%.
Exportações – As exportações de partes, peças, conjuntos e sistemas alcançaram US$ 671,7 milhões em abril, enquanto as importações totalizaram US$ 1,22 bilhão. Em comparação ao mês imediatamente anterior, as vendas externas recuaram 1,14% e as importações 2,13%.
Nesse contexto, o déficit comercial somou US$ 554,4 milhões, encolhendo 3,3% em relação a março, mas mantendo-se ligeiramente acima da média dos primeiros três meses do ano (US$ 534,2 milhões). No comparativo com abril do ano passado, as exportações cresceram 20,2% e as importações foram ampliadas em 37,2%.
É notório, segundo o Sindipeças, que o aquecimento da atividade exigiu volume maior de aquisições de insumos e produtos finais em autopeças, o que levou o ritmo de expansão das importações a superar o das exportações nos meses de março e abril, o que não deve se repetir em maio, devido à paralisação dos caminhoneiros.
A Argentina segue como principal parceira comercial do setor automotivo brasileiro, seguida dos Estados Unidos, México, Alemanha e Chile. O principal país de origem das importações de autopeças continua sendo a China, com participação de 12,5% no total importado. Alemanha e Estados Unidos, com 11,7% e 11,0%, respectivamente, estão logo abaixo no ranking.
Foto: Divulgação
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