Mercado de automóveis deve crescer menos que o previsto. Greve dos caminhoneiros gerou perda de confiança do consumidor.
Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br
Com base no balanço do primeiro semestre e principalmente em função dos reflexos negativos do movimento que paralisou o transporte rodoviário no País no final de maio, a Fenabrave decidiu rever para baixo as suas projeções para este ano.
Contra estimativa divulgada há três meses, de alta de 15,1% nas vendas totais de veículos, aposta agora em crescimento de 9,9%, o que representará cerca de 2,46 milhões de unidades emplacadas até dezembro. A meta anterior, segundo a entidade, era de 2,58 milhões.
LEIA MAIS
→Fenabrave revê projeção e aposta em alta de 15,1% no ano
→Venda de veículos fica estável em junho
A revisão, que envolveu todos os segmentos, só é positiva no caso dos caminhões. Ante estimativa anterior de crescimento de 17%, a entidade aposta agora em expansão de 24,8%, o que representará 65 mil emplacamentos no ano.
Já no caso dos veículos leves o índice de evolução do mercado foi reduzido de 15,2% para 9,7%. Pelas novas projeções da Fenabrave, serão emplacados 2,38 milhões de automóveis e comerciais leves este ano, ante os 2,5 milhões previstos anteriormente.
Também no segmento dos ônibus a revisão foi para baixo. Estimava-se alta de 3,3% e agora a entidade prevê queda de 4,1% em reação a 2017, o que representará vendas na faixa de 14.480 unidades.
LEIA MAIS
→Greve reduz venda de veículos em maio
Ao divulgar na terça-feira, 3, o balanço dos primeiros seis meses do ano, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., comentou sobre os reflexos negativos da greve dos caminhoneiros no mercado automotivo. Também os jogos da Copa do Mundo estão prejudicando as vendas de automóveis.
Na avaliação de Alarico Jr., a pior consequência do movimento que paralisou o transporte rodoviário no País foi a perda de confiança tanto do investidor como do consumidor. Por isso, a projeção agora de um menor volume de venda de automóveis e comerciais leves do que o programado antes.
A greve dos caminhoneiros prejudicou tanto as vendas do final de maio como as do começo de junho. Por conta disso, o mercado de veículos leves foi bastante similar nos dois meses – 194.911 e 195.066 unidades respectivamente.
No acumulado do semestre o mercado de automóveis e comerciais leves registra alta de 13,7%, com total de 1.127.217 emplacamentos. Houve uma desaceleração do índice de expansão nos últimos dois meses.
Já o mercado de caminhões registra desempenho bem melhor no semestre. As vendas em junho também foram similares às de maio – 5.741 e 5.717 unidades, respectivamente –, mas no acumulado dos primeiros semestre o segmento evoluiu expressivos 50,7%, com 32,4 mil licenciamentos este ano.
De positivo, o presidente da Fenabrave destacou a maior facilidade de credito em todos os segmentos do mercado. O número de fichas aprovadas subiu de 3,4 para 3,8 em cada 10 no caso dos veículos leves e chega a 4,8 no segmento de caminhões.
“No caso dos caminhões, a participação do CDC, Crédito Direto ao Consumidor, está crescendo substancialmente. Principalmente os bancos de montadoras estão operando com juros abaixo de 1%, enquanto no Finame esse índice está em 1,1%”, comentou o presidente da Fenabrave.
Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…
Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa
É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…
Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km
Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027