Por Alzira Rodrigues | alzira@autoindustria.com.br

A indústria automobilística produziu 256,3 mil veículos em junho, o que representou crescimento de 20,7% sobre maio e de 21,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Saíram das linhas de montagem no acumulado do primeiro semestre 1.434.506 veículos, volume 13,6% superior no comparativo com os primeiros seis meses de 2017.

A boa notícia do mês foi o fim do uso do PSE, Programa de Seguro Desemprego, no setor. Até maio, eram 929 empregados afastados por conta desse programa e outros 716 sobre o regime de lay-0ff, num total de 1.645. Em junho, o número baixou para 758, todos em  lay-off.

Ao divulgar os dados do setor na sexta-feira, 6, o presidente da Anfavea explicou que a greve dos caminhoneiros, que chegou a paralisar a produção do setor no final de maio, teve reflexos negativos também no início de junho. “Perdemos de 70 mil a 80 mil veículos em maio e a recuperação desse volume é gradativa. Mas estamos preparados para acelerar a produção em julho e agosto, tradicionalmente dois dos melhores meses do ano”.

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A Anfavea decidiu rever algumas das projeções feitas anteriormente para este ano. Manteve a meta para o mercado interno, de crescimento de 11,7%, mas reduziu o índice de expansão estimado tanto para a produção como para as exportações. “Como as vendas externas estão sendo prejudicadas pela retração dos mercados argentino e mexicano, nossa produção tende a ser menor”, explicou Megale.

Ante projeção anterior de alta de 13,2% na produção, que chegaria a 3.055.000 unidades, estima agora 11,9% de expansão, para 3.020.000. As exportações, projetadas anteriormente para 800 mil veículos este ano, deve repetir volume de 2017, em torno de 706 mil.

O nível de emprego no setor teve baixa de 0,7% em junho sobre maio, de 132.356 para 131.475 funcionários. “Essa redução deve-se à abertura de PDV, Programa de Demissão Voluntária, em uma de nossas associadas”, comentou o presidente da Anfavea.

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Os segmentos de caminhões e ônibus seguem em ritmo de crescimento acima do registrado nos automóveis e comerciais leves. O segmento de leves registra alta de 12,6% no semestre, acumulando 1,37 milhão de unidades, enquanto o de caminhões evoluiu 37,7%, para 49,6 mil unidades. No caso dos ônibus, a alta foi de 49,7%, para 14,9 mil unidades no semestre.

ROTA 2030 –  presidente da Anfavea aproveitou a coletiva de divulgação do balanço do semestre para falar do Rota 2030, aprovado pelo governo na véspera. Disse que os incentivos a serem concedidos ao setor para investimento em pesquisa e desenvolvimento são de extrema importância para a indústria e para o País. Serão concedidos créditos tributários de 10,2% que poderão ser usados no abatimento do IRPJ, Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, e da CSLL, Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

“Vamos reforçar nossa aposta no biocombustível, em veículos híbridos com motor flex e caminhar para a célula de combustível que usa o etanol como célula de hidrogênio”.

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Com relação à eficiência energética, as novas metas – que envolvem redução no consumo de combustível da ordem de 10% a 12% – vão valer a partir de 2023. Haverá desconto de 1 ponto porcentual do IPI para os veículos que a atingirem e um adicional de mais 1 ponto se o avanço em eficiência for maior ou haver melhorias na parte de segurança.


 

 

 

Alzira Rodrigues
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