Abraciclo reviu para cima projeções para 2018
Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
A Honda Serviços Financeiros concluiu o primeiro semestre do ano com significativo crescimento nas vendas de cotas de consórcios para motocicletas. A instituição registrou alta de 26,3% ao negociar 205,6 mil contratos, ante 162,8 mil no mesmo período do ano passado.
Esses dados formam um fiel retrato do que acontece do setor de duas rodas como um todo ao longo de 2018. Afinal, a montadora japonesa domina aproximadamente 80% das vendas de motocicletas no Brasil. O próprio Marcos Fermaniam, presidente da Abraciclo, a associação nacional dos fabricantes, reconhece o papel do consórcio na retomada das vendas do setor:
“Fatores como ampliação da oferta de crédito e estabilidade dos índices macroeconômicos, além de uma maior participação do consórcio têm sido fundamentais para a evolução dos negócios”.
No primeiro semestre foram negociadas mais de 451,3 mil motocicletas no atacado, 12,2% a mais que nos primeiros seis meses de 2017. Em junho, porém, as 50,9 mil unidades negociadas representaram recuo de 11,3% sobre o mesmo mês do ano passado e acentuada queda 42,2% sobre maio.
Para Fermaniam, a greve dos caminhoneiros foi preponderante para o resultado. Sem transportes, a distribuição das motos produzidas no Polo Industrial de Manaus (AM) foi prejudicada, assim como as próprias linhas de montagem, que padeceram com a falta de componentes por vários dias.
Não por outro motivo também a produção teve desempenho abaixo do esperado em junho. Ficou limitada 50,1 mil unidades, ligeira queda de 0,3 % sobre o mesmo mês de 2017, mas de expressivos 48,1% diante do resultado de maio.
MOTOCICLETAS – PROJEÇÕES 2018 REVISADAS | ||||
Anterior | Novas | Variação % sobre 2017 | ||
Produção | 935.000 | 980.000 | 11,0 | |
Atacado | 850.000 | 900.000 | 10,5 | |
Varejo | 865.000 | 915.000 | 7,5 | |
Exportação | 85.000 | 80.000 | -2,2 |
Fonte: Abraciclo / Associadas
Ainda assim a Abraciclo entende que produção e mercado interno estão em franca recuperação e que assim seguirão até o encerramento do ano. Tanto que a entidade revisou para cima suas projeções: acredita agora, por exemplo, em até 980 mil motos fabricadas em 2018, contra as 935 mil incialmente estimadas. Ou seja: crescimento de 11% sobre o resultado do ano passado.
No primeiro semestre, mesmo com os problemas em junho, saíram das linhas de montagem 494,7 mil unidades, 16,7% a mais que em igual período do ano passado.
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O crescimento das vendas no atacado também atingiu os dois dígitos no acumulado de seis primeiros meses: 12,2%, com 451,3 mil motos negociadas. Mas os emplacamentos tiveram evolução mais tímida e somaram 456,7 mil, alta de apenas 6,9%.
“Com a recuperação do mercado, os números poderiam ter sido mais altos, contudo as paradas temporárias das atividades econômicas em função dos jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo contribuíram para uma leve queda no desempenho”, ponderou Fermanian, que comemorou também 41 mil motocicletas exportadas no primeiro semestre, crescimento de 26,6% sobre o mesmo período de 2017 .
Foto: Divulgação
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