Por Alzira Rodrigues, de Córdoba, Argentina | alzira@autoindustria.com.br
Com o início da produção em série da nova geração da Frontier, a Nissan inaugurou na segunda-feira, 30, sua primeira linha de montagem na Argentina, em Santa Isabel, província de Córdoba, no mesmo complexo onde a Renault opera desde 1959.
Fruto de um investimento de US$ 600 milhões, a nova fábrica será responsável pela produção de mais duas picapes: a Mercedes-Benz Classe X e a Renault Alaskan. Sua capacidade total será de 70 mil unidades/ano, das quais 30 mil serão Frontier e o restantes das duas outras marcas.
O Brasil será o primeiro país a receber a Nissan Frontier feita na Argentina, cerca de 18 mil/ano quando for atingida a capacidade total da fábrica. A previsão de produção para este ano é de 9 mil Frontier. No ano que vem serão 50 mil picapes, já incluindo os modelos da Renault e da Mercedes-Benz, que vão utilizar a mesma plataforma do modelo da Nissan e pagarão aluguel pela linha.
Já foram contratados 750 funcionários – no total serão 1 mil empregos diretos – e estão sendo criados outros 2 mil novos postos indiretos, fruto de parcerias com fornecedores locais.
A cerimônia de inauguração da nova linha teve a participação do presidente da Argentina, Mauricio Macri, e de Juan Schiaretti, governador da Província de Córdoba. Também presentes o CEO da Nissan Motor, Hiroto Saikawa, o chairman da Nissan América Latina, Jose Luis Valls, o diretor geral da Nissan Argentina,Diego Vignati, e Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.
Saikawa destacou na ocasião a importância da América Latina para a Nissan alcançar os objetivos do plano estratégico de médio prazo da empresa, o M.O.V.E. to 2022, que tem como meta atingir um crescimento sustentável em escala global.
Valls, por sua vez, lembrou que a decisão de apostar forte na Argentina foi tomada há três anos: “Estamos honrando o compromisso firmado e comemorando o início da produção da Nissan Frontier. Hoje, estamos cumprindo a promessa feita à Argentina”.
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Produto – Com a produção da Frontier em Córdoba, o Brasil passa a receber a picape do país vizinho. O modelo foi produzido no Paraná entre 2008 e 2016 e desde o ano passado ele era importado do México. Seu desempenho local tem sido positivo.
Nos primeiros seis meses foram emplacadas 3.441 unidades, 84,6% a mais do que as 1.864 licenciadas no mesmo período do ano passado. O modelo é o oitavo colocado no ranking das picapes grandes mais vendidas internamente. A empresa não adiantou metas de vendas a partir de agora mas pela produção estimada é certa a expectativa de ampliar volumes no mercado brasileiro.
A Frontier argentina manterá o mesmo design e motorização do modelo mexicano, mas teve alguns reforços para se adequar às ruas e estradas da América Latina. Importado da França, o motor é 2.3 diesel biturbo, com 190 cv.
Fotos: Divulgação/Nissan
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