Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
O universo de utilitários esportivos segue em franca expansão. Há alternativas para todos os gostos e demandas de utilização. Dos bem compactos, agora batizados de CUVs, até modelos de altíssimo luxo. Alguns, porém, são bastante restritos — e, ainda que pareça contraditório para veículos por princípio pesados, com centro de gravidade elevado e que primam também por grande espaço interno — e podem ser relacionados como carros supersportivos.
É o caso dos Mercedes-AMG GLC 63 4MATIC+, e GLC 63 S 4MATIC+ Coupé, que estão aportando nas concessionárias Mercedes-Benz de todo o País a partir desta semana. A montadora reforça que “são os únicos SUVs de porte médio no mercado interno a contar com motor V8 biturbo capaz de assegurar um desempenho à altura da tradição da marca”.
Não para menos. O motor AMG 4 V8 gera 476 cv para o GLC 63 4MATIC+ e desenvolve 510 cv para a versão coupé. Em ambos, a tração é integral variável e a transmissão automática é de nove velocidades. Na maior parte do tempo, como convém a um carro esportivo, a força do motor é concentrada prioritariamente nas rodas traseiras.
Quando necessário, porém, a transição entre a tração nas rodas traseiras e nas quatro rodas – e vice-versa – acontece sem intervalos. A suspensão tem câmaras a ar e o amortecimento adaptativo pode ser regulado em três estágios – Comfort, Sport e Sport Plus. Para o mercado brasileiro a montadora escolheu oferecer de série rodas de liga leve de 21 polegadas e pneus tamanho 265/40 R 21 (dianteira) e 295/35 R 21 (traseira).
Com esse conjunto o SUV coupê acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos, dois décimos mais rápido do que o GLC 63 4MATIC+. São números e desempenho dignos mesmo de um superesportivo. Ainda mais sabendo-se que os dois modelos pesam cerca de 2 toneladas.
Tanto desempenho, conforto e exclusividade custam alto, bem alto — a exemplo do que acontece com qualquer superesportivo, diga-se. O AMG GLC 63 4MATIC+ já está nas lojas com preço sugerido de R$512,9 mil, enquanto o coupê, que começa a ser vendido somente a partir de setembro, sairá por valor um pouco ainda mal salgado R$587,9 mil. Só a diferença entre eles daria para comprar outro SUV na faixa do Renault Captur, por exemplo.
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São realmente para poucos e, portanto, não deverão ter peso significativo nas vendas da marca. Atuarão mais como referências das potencialidades técnicas das demais versões e de outros Mercedes-Benz preparados pela AMG.
Os SUVs ainda não comandam as vendas da Mercedes-Benz no Brasil, mesmo que a montadora tenha ampliado e diversificado a oferta nos últimos dois anos. Dos 8 mil veículos da marca emplacados de janeiro a julho — liderança absoluta no segmento de produtos premium —, mais de 2,8 mil unidades foram do sedã Classe C. O crossover GLA, por exemplo, somou 1,6 mil unidades e o GLC, apenas 623 emplacamentos.
Fotos: Divulgação/Mercedes-Benz
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