Modelo tem apenas duas versões, com preço a partir de R$ 110 mil, e chega nas concessionárias em outubro
A Volkswagen lançou nesta quinta-feira, 20, o Jetta 2019. Importado do México, o modelo tem nova geração que permitirá aos consumidores brasileiros de sedãs encontrar dentro da própria linha da marca alemã um degrau entre o nacional Virtus e o também importado — e muito mais caro — alemão Passat.
O modelo, fabricado sobre a mesma plataforma do Golf, a MQB, é oferecido apenas com motor 1.4 TSI flex de 150 cavalos, fabricado em São Carlos (SP) e acoplado à transmissão automática de seis velocidades. Vendido em duas versões de acabamento – Comfortline 250 TSI e R-Line 250 TSI, que custam, respectivamente, R$ 110 mil e R$ 120 mil -, terá como opcional apenas o teto solar e chega às concessionárias da marca em outubro.
A engenharia da Volkswagen tratou de tirar do Jetta o ar conservador das gerações anteriores. Na verdade, se não chega a ser uma ruptura com o passado, como aconteceu com a atual geração do seu concorrente direto Honda Civic, suas linhas sugerem agora bem mais esportividade do que, por exemplo, seu irmão menor fabricado em São Bernardo do Campo, o Virtus.
É enfatizando esse perfil mais jovial e o elevado nível de recursos de série, sejam de conforto ou segurança, que a Volkswagen pretende ver crescer as vendas do modelo, que teve apenas 2,8 mil unidades emplacadas de janeiro a agosto, participação de 3% e a sexta colocação entre sedãs médios, segundo aponta a Fenabrave.
O histórico líder do segmento é o Toyota Corolla, que superou 38 mil emplacamentos nos oito primeiros meses de 2018 e abocanhou fatia de 40%, muito à frente do segundo colocado Honda Civic, com 17,5 mil unidades negociadas e 18,6% das vendas. A diferença é gritante: o Corolla vende em um mês o que o Jetta somou em oito.
LEIA MAIS
→Passat 2018 custa R$ 13 mil a menos
→Volkswagen mostra mais um pouco do T-Cross
→Grupo Volkswagen quer 10 milprhões de elétricos sobre a plataforma MEB
No ano passado o quadro não foi muito diferente. O modelo da Volkswagen fechou na quarta colocação, com 7,7 mil emplacamentos e 5% do segmento, que encerrou 2017 com 153,6 mil veículos negociados. O Corolla fechou 2017 com 66,2 mil unidades e o Civic com 25,8 mil.
Na terceira posição ficou o Chevrolet Cruze, com mais de 19 mil emplacamentos, quase três vezes mais do que o representante da VW. Tamanha diferença indica que não será fácil para o Jetta avançar no ranking e contribuir com alguma fração de ponto porcentual para o crescimento de participação da marca, que publicamente assumiu que pretende tomar o primeiro lugar da GM no mercado interno.
De qualquer forma, Pablo Di Si, presidente da Volkswagen na América do Sul, projeta vendas anuais, mantido o atual ritmo do mercado brasileiro, da ordem de 15 mil até 20 mil unidades. “Mas, claro, pode ser mais caso o mercado cresça acima do esperado”, pondera o executivo, que comemora crescimento acumulado nos oito primeiros meses de 35% contra a média de 14% do merccado.
Os sedãs médios responderam por 8,5% de todos os automóveis e comerciais leves negociados no mercado interno. No acumulado deste ano – também fruto da ascensão dos utilitários esportivos, tipo de produto sobre o qual a VW depositará seus maiores esforços nos próximos anos – têm somente 7% das vendas: 93,3 mil emplacamentos.
Fotos: Divulgação/ VW
Empresa também está criando empresa dedicada para o segmento
Operação começa com sensor de NOx para pesados
Empresa muda embalagens para dificultar essa prática e quer crescer 10% este ano no mercado…
Mercado mundial de elétricos, mesmo na China, passa por momentos de incertezas
Anderson Pontalti mostra os avanços da empresa nos últimos dez anos, com operações internacionais triplicadas
No Brasil, empresa quer crescer 300% no segmento de reposição