Preocupação mundial e histórica, os pneus velhos, aos poucos, estão deixando de ser um problema insolúvel no Brasil. Na verdade, hoje já até fazem parte de solução para alguns setores industriais ao servirem como insumo ou, em último caso, como combustível para fornos.

Somente no ano passado foram coletadas mais de 458 mil toneladas de pneus inservíveis no País. O trabalho é feito pelos próprios fabricantes de pneus por intermédio da Reciclanip, entidade que gerencia o processo de logística reversa do setor, criada em 2007 pela Anip, a associação nacional dos produtores de pneus.

O volume equivale a 101,78% da meta estabelecida pelo Ibama e a cerca de 91,6 milhões de pneus para carros de passeio. Desde 1999, os fabricantes já recolheram 4,5 milhões de toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 898 milhões de pneus.

No ano passado, a região Sudeste respondeu por 56,83% do total coletado, seguida pelo Sul, com 21,17%. Na sequência aparecem Centro-Oeste, Nordeste e Norte, com 9,77%, 9,05% e 3,17%, respectivamente, aponta o órgão ambiental no Relatório de Pneumáticos 2018.

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Ultrapassar o índice proposto como meta de reciclagem tem sido rotineiro para a Reciclanip desde 2009. Em 2014 e 2015 a coleta chegou a mais de 106,9% da meta. Em peso, porém, 2017 é a recordista.

Os pneus inservíveis são coletados e destinados para empresas trituradoras. Depois desse processo, o material é reaproveitado como combustível alternativo nas indústrias de cimento, fabricação de solados de sapatos, borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais, além de tapetes para automóveis e a produção de asfalto-borracha.


Foto: Pixabay

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