Apesar de as importações terem recuado em agosto no comparativo com o mesmo mês de 2017, no acumulado do ano a indústria de autopeças registra déficit comercial de US$ 4,48 bilhões, 22,4% maior do que o registrado nos primeiros oito meses do ano passado.

De acordo com balanço do Sindipeças, os embarques de autopeças para 198 mercados somaram US$ 5,19 bilhões de janeiro a agosto, um aumento de 9,3% sobre idêntico período de 2017. As importações, no entanto, avançaram 15%, chegando a US$ 9,67 bilhões, originários de 174 países.

Divulgado pelo Sindipeças na segunda-feira, 24, o balanço do comércio exterior do setor tem por base dados do MDIC, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A Argentina mantém-se em primeiro lugar na lista de destinos das exportações e a China, no topo do ranking de origem das importações.

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Em agosto, particularmente, as exportações cresceram 9,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 763 milhões. Já as aquisições de autopeças no exterior encolheram 1,7%, ficando em US$ 1,23 bilhão no mês.

Como resultado do balanço entre exportações mais forte e importações menores, o déficit comercial do setor em agosto recuou 15,4% em comparação a idêntico mês do ano passado”, informa o Sindipeças.

As exportações para a Argentina, que vêm desacelerando nos últimos meses por causa da crise do mercado automotivo no país vizinho, registraram pequena alta de 3,7% no acumulado de janeiro a agosto. Mas outros mercados relevantes, como México, Estados Unidos e Alemanha, apresentaram desempenho bem mais positivo no acumulado ano, com altas de, respectivamente, 46,2%, 17,7% e 16,6%.

Com relação às importações, a China totalizou US$ 1,24 bilhão em embarques de autopeças para o Brasil, 24,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. A Alemanha registra volume próximo, da ordem de US$ 1,16 bilhão, com aumento de 33%. As vendas de autopeças dos Estados Unidos para cá chegaram a US$ 1,09 bilhão, crescimento de 9,8%.


 

Alzira Rodrigues
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