Para dar conta das entregas de pedidos da última safra de caminhões PGR, a Scania acelera o ritmo de produção na unidade de São Bernardo do Campo (SP) com a introdução do segundo turno na linha de montagem e a contratação de 170 pessoas no quadro de funcionários.
A decisão ocorre para sustentar o atendimento do aumento de pedidos dos clientes diante do anunciado fim da linha de caminhões PGR. “Depois de muito tempo, desde 2013, a linha de montagem não operava em dois turnos”, contou Christopher Podgorsky, presidente da Scania América Latina, durante o Salão de Hanover, Alemanha. “O último pedido firme da série PGR já foi feito. A partir da segunda quinzena de outubro estaremos preparados para receber os pedidos da nova geração.”
A atual geração de caminhões da Scania tem data que marca o fim de sua produção no mundo, 27 de dezembro próximo. Até lá, a unidade segue produzindo de 80 a 85 unidades/dia e mais 15, no segundo turno. Podgorsky revela que a fábrica de cabine também segue em ritmo acelerado, em dois turnos e, quando necessário, um terceiro turno apoia a programação, assim como a unidade de usinagem.
LEIA MAIS
→Scania inaugura fábrica de solda a laser de cabines
→Scania anuncia nova geração de caminhões
→Trabalhadores da Scania terão aumento real de 2% e PRL
A linha PGR deixa a linha de montagem após duas décadas de produção. Com a chegada da nova geração na Europa, em 2016, a operação brasileira se tornou responsável pelo abastecimento dos veículos no mundo. “Com a queda do mercado brasileiro, a Scania ocupou capacidade. Foi a única que não reduziu força de trabalho”, lembra o Podgorsky. “Seguimos com a vantagem de não ter perdido competências, nível de investimento e competitividade.”
Da produção da Scania, 70% é exportada, deste volume 50% segue para América Latina e 50% para o que chama de overseas, uma carteira de cliente que reúne mais de trinta mercados. Com o encerramento da produção da série PGR, a unidade Scania volta a ser inserida no sistema global de produção da companhia.
A Scania reservou investimento de R$ 2,6 bilhões para o período de 2016 a 2020, dos quais R$ 1,5 bilhões já foram consolidados, boa parte para as adequações necessárias na fábrica de São Bernardo para chegada a nova geração de caminhões. Durante as férias coletivas programadas em janeiro, a unidade recebe mais de 1.100 pessoas com a missão de preparar as linhas para a produção dos novos produtos.
O presidente da Scania estima que encerrará 2018 com 27 mil unidades produzidas, uma evolução por volta de 28% em relação ao volume do ano passado, de pouco mais de 21 mil caminhões.
Foto: Scania/Divulgação
- Volvo leva a melhor no mercado de caminhões acima de 16 toneladas - 19 de novembro de 2024
- Sergomel coroa crescimento com estreia na Fenatran - 13 de novembro de 2024
- Cummins materializa o compromisso com a descarbonização - 11 de novembro de 2024