Do total pesquisado, 89,2% usam o veículo para ir e vir do trabalho, dos quais 38,5% são motofretistas
A Abraciclo aproveitou a 23º edição do MotoCheck-Up, realizada em Belo Horizonte (MG) no período de 19 a 21 de setembro, para realizar pesquisa sobre o tipo de uso que os brasileiros fazem das suas motocicletas. A entidade constatou que 89,2% dos condutores usam o veículo para ir e voltar do trabalho e, desses, 38,5% trabalham como motofretistas. A maioria, 52,3%, pilota a moto de 2 a 4 horas por dia. Outros 24,4% de 5 a 8 horas e 23,3% por mais de 8 horas.
Os homens, segundo o levantamento, continuam dominando com ampla margem de folga o mundo dos veículos duas rodas. Nada menos do que 96,1% dos motociclistas são homens e a faixa etária predominante está entre 31 a 40 anos (37,9%). Os que têm de 26 a 30 anos aparecem em seguida, com 19,4%, e os de 41 a 50 anos vêm na sequência, com 19,1%.
Entre os participantes, 54,6% revelaram que nunca se envolveram em acidentes de trânsito e mostraram consciência em relação à importância da utilização de equipamentos de segurança. Todos estavam equipados com capacete, 43,2% com jaqueta, 28,5% com botas, 18,3% com luvas e 2,3% com joelheiras. Na pesquisa aplicada pela entidade durante o evento foi apurado que 58,6% dos motociclistas são experientes, pois pilotam há mais de 10 anos.
Esta edição do maior programa setorial de orientação e conscientização de motociclistas da América Latina contou com 2.001 participantes e foi realizada pela Abraciclo em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Guarda Municipal BHTrans, Polícia Civil e DEER/MG, Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais, além da prefeitura local.
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Idade da frota – Das motocicletas que participaram do check-up, 65%) foram fabricadas na atual década, ou seja, entre 2011 e 2018. Das que circularam pelo local, a maioria (76,7%) era de baixa cilindrada – 38,3% de 150 cm³, 25,3% de 125 cm³ e 13,1% de 160 cm³. Entre as motocicletas de todas as cilindradas, 92,3% tinham freios convencionais, 4% eram equipadas com CBS e 3,7% com ABS.
Durante os três dias do MotoCheck-Up foi realizada a vistoria gratuita de 21 itens de segurança. Os mecânicos apuraram na vistoria que o freio traseiro foi o item que mais apresentou desgaste (12,9%), seguido da luz de freio (10,7%). Em terceiro lugar apareceu o freio dianteiro empatado com o pneu traseiro (ambos com 10,2%). O pneu dianteiro ficou em quarto (8,8%), a relação – sistema de transmissão – apareceu em quinto (7,1%), o nível do fluído de freio em sexto (4,7%) e os espelhos em sétimo lugar (4,4%).
Esta foi a primeira vez que MotoCheck-Up esteve em Belo Horizonte. Criado há 10 anos, o programa já foi realizado em várias cidades do País e teve 23 ediçôes, totalizando a participação de cerca de 50 mil motociclistas.
Segundo Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o objetivo do programa é contribuir para um trânsito mais seguro. “Para tanto, os motociclistas são conscientizados e orientados sobre a necessidade de se praticar uma pilotagem mais segura e realizar a manutenção preventiva de suas motocicletas””.
Foto: Divulgação/Abraciclo
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