Com venda total de 34,6 mil unidades e crescimento de 7,7% no acumulado até setembro, o mercado de máquinas agrícolas e rodoviárias deve acelerar neste final de ano e crescer 11% sobre 2017, conforme nova projeção divulgada na quinta-feira, 4, pela Anfavea. A projeção agora é chegar a 47 mil unidades em 2018, 11% a mais do que as 42,4 mil de 2017. A estimativa anterior era a de 45,4 mil unidades e alta de 7%.
Pela nova projeção da Anfavea, a média mensal de vendas no segmento neste último trimestre será de 4,1 mil unidades, ante as 3,4 mil do mesmo período do ano passado. Ou seja, crescimento da ordem de 20% nesta reta final do ano no comparativo com os três últimos meses de 2017.
Como lembrou o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o mercado de máquinas agrícolas e rodoviárias começou o ano com queda de 33% e foi se recuperando mês a mês até chegar ao crescimento de 7% no acumulado até setembro.
Dentre os fatores que vêm contribuindo para essa aceleração dos negócios relativos ao campo, o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto, cita a guerra comercial Estados Unidos versus China: “Isso traz vantagens para nós, tanto é que teremos a maior safra de grãos da nossa história”.
Segundo o executivo, as vendas de máquinas agrícolas poderiam estar em patamares ainda maiores se houvesse investimentos em infraestrutura e em internet. “O agronegócio representa 22% do PIB brasileiro e seria fundamental que tivéssemos melhores condições operacionais, principalmente no que diz respeito à conectividade”.
A venda de máquinas agrícolas e rodoviárias atingiu 4.919 unidades em setembro, com queda de 2,3% em relação a agosto, um índice pequeno considerando a diferença de dias úteis entre os dois meses – 19 e 23, respectivamente. Tanto é que no comparativo com setembro do ano passado a alta é de 17,5%.
A produção no setor acumula 46.197 unidades até setembro, volume 9,2% maior do que o registrado no mesmo período de 2017. A expectativa da Anfavea é a de que a produção cresça 15% este ano, atingindo 61 mil unidades.
Em contraste com o mercado interno, que teve reação positiva ao longo do ano, as exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias não decolam. No comparativo dos primeiros nove meses deste ano com igual período de 2017 verifica-se queda de 2,4% nas vendas externas, que baixaram de 9.956 para 9.721 unidades.
No início do ano a expectativa da Anfavea era de alta de 7% nos negócios externos do setor, para 15 mil unidades, mas agora a entidade reviu a projeção para estabilidade entre os dois anos, com exportações de 14 mil unidades agora em 2018.
Foto: Divulgação/Case IH
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