Linha 2019 tem versões que custam até R$ 8 mil menos
A FCA colocou o pé no acelerador do Jeep Renegade para seguir na ponta do mercado interno de utilitários esportivos. O primeiro modelo nacional da Jeep fabricado em Goiana (PE) e que já teve mais de 160 mil unidades vendidas desde 2015 chega à linha 2019 com leves retoques estéticos e reforço no pacote de conteúdos de série.
O grande empurrão, porém, é o melhor custo benefício do modelo, que apesar de incorporar agora mais equipamentos, como sete airbags, teve os preços reduzidos nas versões mais baratas. A Sport 1.8 Flex manual tem preço sugerido de R$ 78,5 mil, R$ 7 mil a menos do que na linha 2018. O ganho com a versão dotada de câmbio automático de seis velocidades é ainda maior: o desembolso caiu R$ 8 mil, para R$ 84 mil.
O Renegade tem ainda as versões Logintude 1.8 (R$ 97 mil), Limited 1.8 flex automática (R$ 103,5 mil) e as top Longitude 2.0 diesel 4×4 com câmbio automático de nove velocidades (R$ 125,5 mil) e Trailhawk 2.0 diesel 4×4 também com câmbio de nove velocidades (R$ 136,4 mil).
A partir da versão Longitude, o SUV incorpora agora multimídia com tela de 8,4 polegadas, a maior do segmento. Era claramente uma deficiência do Jeep perante os muitos concorrentes do segmento de SUVs compactos. As Sport flex, porém, seguirão com o para lá de modesto sistema de 5 polegadas.
As mudanças estéticas não são tão grandes a ponto de a FCA, como adotará na sua divulgação, denominar a linha 2019 de Novo Renegade. Ao contrário, são bastante discretas. Mudaram detalhes dos faróis, que nas versões superiores são em LED, da grade frontal, da tampa do porta-malas, que no caso dos flex adotam estepe menor, o que garantiu ganho de 47 litros de bagagem.
A FCA também criou quatro novas rodas de 17, 18 e 19 polegadas – tamanho exclusivo no segmento – e oferece cores inéditas na linha, como marrom ou azul. A exemplo de outras marcas, a Jeep está finalmente tentando se livrar da ditadura do preto, prata e branco.
O para-choque dianteiro das versões flex talvez seja a alteração externa, junto com os faróis, mais perceptível para os menos atentos. Ele foi redesenhado de forma a ampliar o chamado ângulo de ataque que permite passar por obstáculos e valetas sem tantos riscos de danos ao conjunto. Agora ele tem 28 graus, muito próximo dos 30 graus verificados nos Renegade a diesel desde seu lançamento há três anos.
Com preços bem mais agressivos nas faixas de entrada do segmento de SUVs compactos – o maior dentre os utilitários esportivos e que já responde, sozinho, por 14% do mercado interno -, a FCA espera deter a investida de muitos concorrentes e encerrar o ano com cerca de 60 mil unidades do Renegade vendidas.
Se assim for, as vendas do modelo crescerão cerca de 20% sobre o ano passado. Até setembro, o modelo já vendeu 15% a mais. “Com esses valores, as Sport, que têm representado algo como 25% do mix, devem passar a 50% das vendas”, calcula Tânia Silvestri, diretora comercial e de marketing da Jeep.
Ainda assim, o Renegade seguirá como o segundo Jeep mais vendido no mercado brasileiro. O primeiro é o outro modelo nacional, o Compass, líder absoluto entre as dezenas de SUVs vendidos no Brasil. De janeiro a setembro, foram negociadas mais de 43 mil unidades do modelo, equivalentes a 12% dos SUVs.
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Com a esperada evolução das vendas de Renegade e a tranquila vantagem do Compass sobre todos os concorrentes, Tânia Silvestri não tem dúvida de que a marca seguirá na ponta do segmento. Hoje, de cada quatro utilitários esportivos negociados, um é Jeep.
Até setembro, a marca ocupa a nona colocação no ranking das mais vendidas no País, com 77,9 mil unidades negociadas. A participação de mercado já é de 4,4 %, 0,4 ponto porcentual a mais do que ao longo de 2016, quando foram vendidos 88 mil veículos da marca nacionais e importados.
Foto: Divulgação/FCA
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