Empresa

CAOA Chery apresenta três futuros SUVs nacionais

Dois deles estarão nas revendas até janeiro de 2019

A CAOA Chery é a mais novata marca de veículos com produção nacional. Exatamente por isso está repleta de planos e novidades para os consumidores, como poderá ser visto pelo público visitante no Salão do Automóvel de São Paulo a partir deste dia 8 até o dia 18. De uma só vez a empresa apresenta três novos  veículos que  nacionalizará em apenas um ano.

Marcio Alfonso, CEO da empresa criada há apenas um ano, apresentou nesta quarta-feira, 7, o Tiggo 5x, Tiggo 7,  Tiggo 8, três utiliários esportivos que serão fabricados de Anápolis (GO),  unidade industrial hoje responsável apenas pelo montagem do Tiggo 2, já o principal produto da marca no mercado  interno.

O 5X chegará ao mercado em dezembro, enquanto o 7 tem início de vendas previsto para janeiro do ano que vem. ” O Tiggo 8 pretendemos produzir localmente muito em breve”, afirmou inicialmente Alfonso, para depois, mediante alguma insistência, admitir que a ideia é colocá-lo o modelo de sete lugares em linha até o fim de 2019.

 

Objetivo é ter  60% de índice de nacionalização em até três anos

A produção local de três novos modelos em prazo tão curto tem explicação: muito poucos componentes que integrarão os utilitários esportivos são nacionais. Quase tudo vem da China, inclusive motores, câmbios e até mesmo as peças estampadas da carroceria.

O CEO da CAOA Chery, porém, assegura que a empresa trabalhará intensamente para desenvolver fornecedores locais e aumentar o índice de nacionalização nos próximos meses. O objetivo é superar os 60% em até três anos.

Anápolis deve fabricar em 2019, calcula Alfonso, algo entre 15 e 16 mil veículos Chery.  Outros 24 mil sairão da planta de Jacareí (SP), base produtiva hoje do compacto QQ e do sedã Arrizo 5, cujas vendas  começam ainda este mês.

A montadora aproveitou a apresentação dos novos carros na mostra paulistana para divulgar também o preço do Arrizo, que conta com motor turbo 1.5 e transmissão CVT. A versão de entrada, RX, custa a partir de R$ 66 mil, enquanto a RXT tem preço sugerido de R$ 73 mil.

Outras atrações no estande da empresa são as versões elétricas do compacto QQ, do Arrizo e do Tiggo 2.  Márcio Alfonso diuz que a exibição servirá para verificar a aceitação dos visitantes do salão, mas que a importação está decidida.

“Traremos o Tiggo e o Arrizo. Ainda há uma dúvida se o elétrico compacto será o próprio QQ ou o EQ, outro modelo que temos na China”, diz o executivo, que não descarta uma fuutra montagem de versões elétricas no Brasil.

Desde o estabelecimento da parceria com o grupo nacional CAOA, as vendas de produtos Chery, quase insignificantes até novembro do ano passado,  cresceram 300%: passaram de  339 veículos em outubro de 2017 para  1.330 no mês passado  – o Tiggo 2 responde por dois terços do total.

A marca hoje detém 0,5% de participação no mercado interno, é a 15a no ranking das mais vendidas. Para  aumentar sua presença, além dos novos produtos, a montadora trata de aumentar também a rede de revendas. Dos atuais 65 pontos, projeta até 110 no fim do ano que vem, cerca de 60% do próprio Grupo CAOA.


Fotos: AutoIndústria

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Publicado por
George Guimarães

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