A maior blindadora de veículos do Brasil está, literalmente, maior. A BSS Blindagens acaba de concluir, na Zona Oeste de São Paulo, a ampliação de sua unidade de assistência técnica.

Em espaço de 2,1 mil m², ao lado da linha de produção, a BSS pretende atender com mais agilidade seus clientes e os muitos proprietários de veículos blindados por outras empresas e que não contam mais com apoio de pós-venda e técnico.

Mário Brandizzi Neto, CEO e sócio da BSS, lembra que muitas blindadoras já nem existem mais e a frota circulante de blindados tem crescido nas duas últimas décadas. Hoje, gira em torno dos 220 mil veículos em todo o País.

“Tão importante quando blindar carros zero quilômetro, é oferecer serviços de pós-vendas, o que assegura a qualidade do patrimônio dos clientes”, pondera o executivo. Como qualquer outro automóvel, recorda Brandizzi, o veículo blindado está sujeito a reparos em decorrência, por exemplo, de colisões, algo que as próprias concessionárias das montadoras não têm expertise nem se atrevem a fazer.

Com a nova área, a capacidade de atendimento da BSS mais que dobrou: passou de trezentos para até setecentos veículos mensalmente.  Nela, além de problemas na carroceria e outras demandas, a empresa troca vidros danificados e retira os indesejáveis ruídos que surgem ao longo do tempo em qualquer carro. E há confortos como serviços de leva-e-traz em frota própria.

Simultaneamente à ampliação da assistência técnica, a empresa investiu também na modernização da linha de produção. Agora com área adicional de 1,2 mil², tem capacidade de blindar 220 automóveis, utilitários esportivos e picapes a cada mês.

 

 

Toda essa nova estrutura consumiu investimentos de R$ 4 milhões e permitirá à BSS encerrar 2018 com cerca de 1,5 mil veículos blindados — número já muito próximo do recorde de 1.583 unidades alcançado em 2014 — e manter a liderança no segmento com 11% de participação e até 30% no caso de automóveis acima de R$ 200 mil.

Será o segundo melhor resultado da história da empresa fundada há apenas onze anos e que representará crescimento de 12% sobre o ano passado, quando saíram de sua linha de montagem 1.350 veículos.

É desempenho a ser comemorado também, de acordo com Brandizzi, diante das incertezas políticas e do atual quadro econômico do País. Com insumos atrelados à cotação do dólar, o segmento ainda padece com a instabilidade cambial.

O Brasil é o maior mercado de veículos blindados do mundo. Em 2014 chegou a 18 mil unidades e deve encerrar 2018 com 16 mil unidades. O segundo maior é o México, ainda assim muito atrás: da ordem de 2 mil unidades anuais. Na terceira posição aparece a Colômbia, com cerca de quatrocentas blindagens por ano.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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