A demanda crescente por modelos com mais mais de 4 anos de uso tem compensado este ano a acentuada queda na venda de seminovos, aqueles com até 3 anos. O resultado desses dois movimentos é um mercado de usados praticamente estável, com 12,99 milhões de unidades comercializadas de janeiro a novembro contra as 12,88 milhões no mesmo período de 2017, ou seja, uma alta inexpressiva de 0,9%.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 5, pela Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores. O estudo contempla carros, comerciais leves, pesados e motos, com segmentação apenas por tempo de uso. No caso dos seminovos, as vendas limitaram-se a 2,22 milhões de unidades este ano, ante total de 4,81 milhões nos primeiros onze meses de 2017. Uma expressiva queda de 53,7%.
Já a demanda por modelos com 4 anos de uso ou mais teve alta de 33,4%. Foram 10,76 milhões de unidades vendidas até novembro contra 8 milhões no mesmo período do ano passado. Dentre os segmentos pesquisados, o que mais cresceu foi o dos veículos com 9 a 12 anos de uso, chamados pela Fenauto de usados maduros. Nesse caso a expansão foi de 52,5%, com 2,49 milhões de unidades vendidas este ano ante o total de 1,63 milhões do mesmo período de 2017.
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De acordo com a Fenauto, a retração no mercado de seminovos este ano deve-se em grande parte ao comportamento do mercado de novos no período de 2014 a 2016. Como as vendas de zero-quilômetro despencaram naquele período, a oferta de seminovos atualmente é proporcionalmente baixa. Também naquele período o movimento do mercado era o inverso de hoje. Enquanto a procura por novos despencava, a pelos seminovos crescia em índice acima dos demais veículos usados.
A entidade também divulgou os número de novembro, que em todos os casos indicam queda com relação a outubro, o que é atribuído ao menor número de dias úteis no mês passado. As vendas de usados caíram 11,5% nesse comparativo, com total de 1,15 milhão de unidades comercializadas no mês passado contra 1,29 milhões no anterior.
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