Após iniciar 2018 com queda de quase 40% no comparativo anual, o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias foi reagindo ao longo do ano e encerrou novembro com alta de 11,9% nas vendas internas e de 19,4% na produção. Nos primeiros onze meses foram comercializadas 43.351 unidades, ante as 39,757 do mesmo período de 2017, e a produção foi de, respectivamente, 60,2 mil e 50,4 mil máquinas.

As exportações do setor também foram afetadas pela crise na argentina, mas em proporção menor do que a verificada no segmento de veículos em geral. De janeiro a novembro foram embarcadas 11.827 unidades, 6,7% a menos do que as 12.672 de idêntico período do ano passado.

Segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o setor tem maior diversidade de mercados fora do Brasil, razão de a queda nas exportações serem menores do que as de automóveis, por exemplo, que têm na Argentina mais de 70% dos seus negócios externos em geral.

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Em novembro, as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias ficou em 5.754 unidades, o que representou queda de 25,5% no comparativo com outubro, em função basicamente do menor número de dias úteis do mês passado. Tanto é que em relação ao mesmo mês de 2017, quando foram comercializadas 2.944 unidades, a alta é de 27,5%.

No caso da produção, que atingiu 6.619 máquinas em novembro, houve retração de 11,1% sobre outubro e crescimento de 73,3% no comparativo idêntico mês de 2017. Ao comentar sobre os número do setor nesta quinta-feira, 7, Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea, destacou o fato de os agricultores estarem ampliando a compra de máquinas rodoviárias para uso no campo.

“Isso mostra que os agricultores estão maximizando suas operações”, comentou o executivo. A venda de retroescavadeiras até novembro atingiu 3.949 unidades, expansão de 29,5% sobre os primeiros onze meses do ano passado. É ainda mais expressiva nos números do setor a alta no segmento de tratores de esteira. Foram comercializadas 3.761 unidades este ano, mais que o dobro do que as 1.848 do período janeiro a novembro de 2017.

O bom momento da agricultura, que prevê safra de 238 milhões de toneladas, bem próxima ao recorde já registrado no Brasil, é apontada por Megale como o principal motivo do expressivo crescimento que o setor de máquinas agrícolas e de construção registra principalmente neste segundo semestre do ano.


Foto: Divulgação/CNHi

 

Alzira Rodrigues
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