Em contraste com a perspectiva de bater novo recorde de exportações em 2018, a indústria automobilística encerrou o ano com queda de 17,9% no número de véiculos embarcados. Foram exportadas 629.175 unidades, ante as 766 mil do ano anterior, e a projeção da Anfavea para 2019 é de continuidade da curva descendente no negócios externos, em função principalmente da retração no mercado argentino.
Pelas projeções da entidade, as vendas externas devem cair mais 6,2% este ano, para 590 mil veículos. “A Argentina, nosso principal comprador, deve ter seu PIB reduzido em torno de 2% agora em 2019 e a expectativa por lá é a de que o mercado interno baixa de 790 mil para 680 mil veículos. Com isso, nossas exportações também serão menores”, comenta Antonio Megale, presidente da Anfavea.
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A queda nas exportações em valor foi menor do que a de veículos embarcados por causa do mix de produtos. Incluindo veículos leves, pesados e máquinas agrícolas e de contrução, a receita com vendas externas chegou a US$ 14,5 bilhões em 2018, retração de 8,6% no comparativo com os US$ 15,85 bilhões exportados em 2017.
A estimativa da Anfavea para 2019 é a de atingir US$ 13,9 bilhões este ano, o que representará queda de 3,9% sobre o ano passado.
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O segmento mais afetado será o de automóveis e comerciais leves, que tem na Argentina perto de 70% dos negócios externos. Pelas projeções da Anfavea, serão exportados este ano 555 mil veículos leves, 6,8% a menos do que os 595 mil em 2018. Já no caso dos pesados, a expectativa é de alta de 3,7% nas vendas externas, com 35 mil embarques em 2019 contra os 33,7 mil de 2018.
Megale comenta que a indústria de caminhões e ônibus tem menor concentração nos negócios externos. “Têm sido expressivas, por exemplo, as exportações de veículos pesados para a África do Sul e Rússia”, lembra o presidente da Anfavea.
Foto: Divulgação/VW
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