Sindicato local marcou ato para esta terça-feira, 22, em frente da fábrica do Taboão
No embalo da ameaça da General Motors de abandonar o País, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC decidiu mobilizar os trabalhadores de São Bernardo do Campo para cobrar da direção da montadora a vinda de novos investimento para a planta do ABC paulista.
O ato será realizado nesta terça-feira, 22, a partir das 7h, em frente aos portões da fábrica do Taboão, em São Bernardo do Campo, onde atualmente são produzidos apenas o novo Fiesta e caminhões.
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De acordo com o sindicato, os trabalhadores na Ford têm estabilidade até novembro deste ano, garantida pelo acordo coletivo assinado em abril de 2018. Pela negociação realizada na época, o período de vigência do acordo foi estabelecido como prazo para que sindicato e montadora realizassem as discussões sobre o futuro da planta, com planejamento de novos investimentos.
Segundo Alexandre Colombo, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e trabalhador na Ford, a montadora chegou a iniciar estudos para a vinda de um novo projeto em São Bernardo Campo, mas não houve continuidade.
Em outubro, conforme reportagem publicada no AutoIndústria, o presidente da Ford no Brasil, Lyle Watters, desconversou ao ser questionado sobre os rumores de que a montadora poderia desativar sua unidade do ABC. “Estamos estudando todas as possibilidades para mantermos nossa operação regional rentável”, comentou o executivo na ocasião.
Dessa forma, ele não confirmou mas também não negou categoricamente o risco de a histórica fábrica do Taboão ser fechada, com a produção de automóveis da marca, segundo os mesmos rumores, passando a ser concentrada na planta de Camaçari (BA), a mais moderna da empresa no País, onde são produzidos Ka, Ka Sedan e EcoSport e os custos seriam menores.
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O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, destaca ser importante que se retomem as negociações sobre o futuro da planta já neste início de ano: “Sabemos que estas discussões são longas, que os processos de negociação com as montadoras são trabalhosos. Não podemos deixar para discutir investimentos no segundo semestre, próximo ao término de validade do acordo”, alerta.
Foto: Divulgação/Ford
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