Depois de ser sacado do comando da Nissan, Carlos Gohsn aceitou renunciar aos cargos de presidente e CEO da Renault, afirmam jornais franceses e as agências internacionais de noticias Reuters e Bloomberg.
A decisão do brasileiro antecede reunião do conselho administrativo do conglomerado francês agendada para a quinta-feira, 24, e que exatamente discutiria a substituição do executivo, detido no Japão desde novembro do ano passado sob acusação de fraudes fiscais e desvios financeiros na Nissan.
Thierry Bolloré é o nome mais cotado para ocupar a vaga de Gohsn como CEO e Jean-Dominique Senard, presidente da Michelin, assumiria a presidência do conselho da montadora, segundo fontes ouvidas pela AFP, outra agência noticiosa.
Uma vez no cargo, Senard terá como missão primeira apaziguar as relações com a Nissan, parceira da aliança global que envolve ainda a Mitsubishi e que lidera a produção mundial de veículos. Analistas entedem que a montadora japonesa estaria interessada, neste momento, em desfazer a parceria.
A Nissan possui 15% das ações sem direito a voto da montadora francesa e 34% da Mitsubishi. A Renault, por outro lado, é dona de 43% da Nissan. Juntas, as três fabricantes venderam cerca de 10,6 milhões de veículos em 2017.
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