Empresa

Sindicato de SCS não aceita redução de piso salarial na General Motors

Por causa de acordo vigente até 2020, metalúrgicos recusam discutir pauta proposta pela montadora

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, no ABC paulista, decidiu descartar medidas propostas pela General Motors na área trabalhista, dentre as quais a redução de 10% no piso salarial da companhia, que para os novos contratados baixaria de R$ 1.780 para R$ 1.600.

Em diferentes horários, a direção do sindicato promoveu assembléias nos portões da fábrica na segunda-feira, 28, quando os trabalhadores retornaram de férias coletivas. Mas os 22 itens propostos pela GM visando reduzir custos trabalhistas sequer foram colocados em votação.

LEIA MAIS

Trabalhadores repudiam ameaça da GM

GM já negocia plano com trabalhadores

O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, conhecido como Cidão, disse que as propostas apresentadas pela General Motors interferem no acordo firmado anteriormente entre a montadoras e os trabalhadores, que tem vigência até 2020. Segundo o dirigente, somente após o término desse prazo é que o sindicato poderá vir a negociar alguns dos pontos com a fabricante .

“A ideia é não discutir nada do que já está valendo. Foi uma decisão do sindicato”, disse Inácio da Silva.

Entre as medidas propostas pela GM estão o fim do fretado, jornada intermitente, terceirização de setores, 44 horas de trabalho semanais e o fim da estabilidade de emprego de acidentados em razão de trabalho, além da redução do piso.

A GM negocia as mesmas medidas com os frabalhadores das fábricas de Gravataí, RS, e São José dos Campos, SP. No caso da unidade do interior paulista são ao todo 28 itens na pauta de negociação proposta pela montadora, diferença que contempla algumas medidas já em curso no ABA paulista, como a flexibilidade da jornada de trabalho por banco de horas e a regulamentação da suspensão de contrato de trabalho por lay-off.

A GM decidiu propor mudanças na área trabalhista e conversar com fornecedores sobre redução de preços após o presidente da montadora no Mercosul, Carlos Zarlenga, ter alegado prejuízo no Brasil, com risco de fechamento das fábricas locais. No último dia 18, o executivo encaminhou e-mail aos funcionários alertando para as dificuldades vividas por aqui.

LEIA MAIS

GM quer redução do piso salarial também em Gravataí

Metalúrgicos se mobilizam para cobrar investimentos da Ford no ABC


Foto: Divulgação/SMSCS

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

Brasileiros já compraram 2 milhões de veículos leves em 2024

Com 249,4 mil unidades, outubro tem o melhor resultado mensal do ano

% dias atrás

Alckmin recebe CEO global da Honda

Em debate, os benefícios do Mover e a manutenção dos direitos constitucionais da Zona Franca…

% dias atrás

Começa na segunda a maior feira de transporte da América Latina

AutoIndústria mostra na próxima semana tudo o que vai acontecer na Fenatran

% dias atrás

Honda mexe bem pouco na família City 2025

Sedã e hatch ganham mais no conteúdo do que na forma

% dias atrás

Picape que vende mais que carro no Brasil atinge 2 milhões de unidades

Lançada em 1998, Strada segue líder em emplacamentos este ano

% dias atrás

XCMG lançará na Fenatran caminhão leve elétrico

Modelo E3-10T coloca a marca chinesa na disputa do mercado de entregas urbanas no País

% dias atrás