Empresa

Carlos Ghosn fala em conspiração

Ex-presidente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi concede entrevista ao jornal Nikkei e à agência France Presse

Em sua primeira entrevista após a prisão em novembro, concedida ao jornal japonês Nikkei, o ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, negou ser culpado e afirmou ter sido vítima de uma conspiração. Disse ainda que as acusações foram “plantadas” contra ele por diretores da Nissan, o que definiu como uma traição.

Esse primeiro contato com a imprensa ocorreu na quarta-feira, 30, e no dia seguinte, nesta quinta-feira, 31, conversou com a agência France Presse. Na ocasião, alegou que foi castigado anetes de ser considerado culpado, detascando que não seria normal em nenhuma outra democracia a recusa da justiça japonesa de libertá-lo sob fiança.

LEIA MAIS

Carlos Ghosn é detido no Japão por suspeita de fraude fiscal

Nissan demite Carlos Ghosn da presidência

Renault anuncia seus novos dirigentes

Com apenas 20 minutos de duração, a entrevista ao jornal Nikkei foi concedida dentro do centro de detenção de Tóquio, onde Ghosn, nascido no Brasil, aguarda julgamento. Segundo revelou, os executivos da Nissan que eram contra uma maior integração com a Renault foram os responsáveis pelo complô.

Sua prisão ocorreu dois meses após ter discutivo planos para integrar as companhias com o presidente-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, em setembro. A intenção de Ghosn era profundar as relações dentro da aliança e desde o início de 2018 havia rumores sobre uma possível fusão das companhias.

Ainda de acordo com o jornal Nikkei, o brasileiro revelou que queria incluir o presidente-executivo da Mitsubishi Motors, Osamu Masuko, nas negociações, mas Saikawa não concordou

Ghosn foi detido no dia 19 de novembro no Japão sob acusação de violações e fraudes fiscais envolvendo a Nissan, assim como do uso de recursos da empresa para benefícios particulares e para cobrir prejuízos em investimentos pessoais. Ele já teve diversos pedidos de liberdade sob pagamento de fiança negados, dos quais o mais recente foi no dia 22 de janeiro.

Foto: Divulgação/Renault

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás