No ano passado foram criadas mais de 29,9 mil vagas formais de trabalho, maior parte no transporte rodoviário de carga
Boletim econômico elaborado pela CNT, Confederação Nacional do Transporte, baseado nos dados do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, mostra que de janeiro a dezembro do ano passado foram criadas 29,9 mil vagas com carteira assinada no setor de transporte. Para confederação, ainda que o volume se apresente modesto, confirma viés de recuperação após três anos de intensa movimentação de dispensas. Vale mencionar que número de postos criados se refere ao resultado líquido, ou seja, obtido após descontar as vagas fechadas no mesmo período.
O desempenho foi impulsionado principalmente pelo transporte terrestre, especialmente a influência do transporte rodoviário de carga. Depois de fechar 140,1 mil postos de trabalho de 2015 a 2017, o segmento criou 23,9 mil vagas líquidas formais, com o TRC registrando 35,6 mil vagas, o melhor resultado em cinco anos.
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Cenário bem menos animador, que segue em retração, apresentaram os segmentos aquaviário e aéreo, que fecharam 2018 com saldo negativo de 478 e 284 postos de trabalho, respectivamente. Segundo CNT, trata-se do quarto ano consecutivo de queda líquida de empregos nesses ramos da atividade do transporte.
A expectativa da confederação é de aceleração de criação de empregos no setor de transporte em 2019, embora considere as reformas, em especial a da previdência e a tributária, fatores condicionantes para o avanço. A projeção a entidade é sustentada pelos resultados da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, pesquisa encabeçada pela CNT com 776 empresários, a qual a maior parte dos transportadores (77,7%) acredita que em 2019 o ambiente de negócios estará mais favorável, além de 53% deles terem a intenção de aumentar a contratação formal durante o ano.
Foto: Agência de Notícias CNT/Divulgação
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