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GM atrela novo investimento de R$ 10 bilhões às negociações em curso

Além de reduzir direitos trabalhistas, montadora quer incentivos fiscais e também que fornecedores congelem ou reduzam preço

Alvo de uma série de protestos em suas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos, SP, e Gravataí, RS, por causa da tentativa de retirada de direitos trabalhistas, a General Motors divulgou nota para a imprensa no último final de semana informando que a intenção de aplicar R$ 10 bilhões no Brasil a partir do próximo ano depende de negociações em andamento com governo e os principais elos da cadeia automotiva.

De acordo com o comunicado, a GM está concluindo o plano de investimento de R$ 13 bilhões no período de 2014 a 2019 e negocia atualmente condições de viabilidade para um novo e adicional investimento de R$ 10 bilhões no período de 2020 a 2024. “Caso as negociações tenham sucesso, a GM investiria R$ 23 bilhões entre 2014 e 2024 (R$ 13 bilhões de 2014 a 2019 e R$ 10 bilhões de 2020 a 2024)”, reforça a nota.

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Nas últimas duas semanas, após ter se tornado público um e-mail da direção da empresa, dirigido a funcionários, com ameaças de a empresa deixar o País por causa de prejuízos, a General Motors iniciou negociações com funcionários de todas as suas fábricas para reduzir custos trabalhistas e também com os seus fornecedores, a fim de congelar ou até mesmo reduzir preços. Também vem negociando incentivos fiscais com o governo paulista.

Na nota divulgada no sábado, 2, a GM deixa claro que decidiu se manifestar em função de notícias veículadas na mídia – até então a montadora não tinha se manifestado oficialmente sobre as negociações em curso e perspectivas de novos investimentos.

O comunicado não específica nenhuma notícia, mas o jornal Folha de São Paulo publicou reportagem informando que o investimento de R$ 9 bilhões que a montadora estaria prometendo para obter incentivos fiscais do governo do Estado de São Paulo não seria novo, e sim parte dos R$ 13 bilhões do período 2014-2019.

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A GM procura deixar claro, assim, que haverá um aporte adicional de R$ 10 bilhões – caso as negociações progridam – aos R$ 13 bilhões do período entre 2014 a 2019. Foi esse investimento, segundo a nota, que ajudou a levar a GM à liderança do mercado, conquistada em 2015.

“Como líderes de mercado, estamos assumindo a responsabilidade de encarar de frente os desafios de competitividade que vive a indústria para viabilizar um futuro sustentável aos nossos negócios e o devido retorno aos acionistas”, diz na nota o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga.

Ainda segundo o mesmo comunicado, o total de R$ 13 bilhões de 2014 a 2019 contempla:

  1. Renovação completa da linha de produtos Chevrolet
  2. Desenvolvimento de novas tecnologias de eficiência energética dentro do Programa INOVAR Auto. Ressaltando que a GM alcançou neste processo os melhores resultados do programa, com uma média de economia de combustível de 22% na linha, muito superior à média do mercado, que foi de 15,9%.
  3. Novas tecnologias de conectividade incluindo a nova geração do sistema multimídia MyLink e o sistema de telemática OnStar.
  4. Expansões nas fábricas de São Caetano do Sul e de Gravataí.
  5. Ampliação da fábrica de Joinville, que teve a capacidade elevada de 120 mil para 450 mil motores por ano.
  6. Implementação de inovadoras tecnologias de manufatura 4.0 nas fábricas de São Caetano do Sul, Gravataí e Joinville.

Foto: Divulgação/GM

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Publicado por
Redação AutoIndústria

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