A alta de 10,2% nas vendas internas não foi suficiente para compensar a forte desaceleração nas exportações do setor automotivo, afetadas pela crise do mercado argentino. A produção em janeiro limitou-se a 196,8 mil veículos, volume 10% inferior ao do mesmo mês de 2018, quando saíram das linhas de montagem 218,7 mil unidades.
Foram exportados em janeiro apenas 25 mil veículos, o que representou queda de 46% em relação aos 46,4 mil embarcados no primeiro mês do ano passado e de 21,1% no cmparativo com dezembro (31,7 mil).
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Ao divulgar os dados do setor na quarta-feira, 6, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, deixou claro que a retração nas vendas externas foi a grande responsável pela produção menor neste início de ano. Segundo ele, o principal mercado brasileiro, a Argentina, representou apenas 56% dos negócios externos do setor em janeiro, participação que no ano passado era de 72%.
O México teve fatia ampliada de 8% para 20% e a Colômbia passou a ser o principal mercado externo, superando o Chile. Em valores, as exportações atingiram US$ 712 mil, valor 0,6% inferior ao obtido em dezembro e 29,1% abaixo do registrado no primeiro mês de 2018, quando o setor superou US$ 1 bilhão, incluindo negócios com veículos e máquinas agrícolas e rodoviárias.
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A produção em janeiro, como lembrou Megale, esteve em linha com o mercado interno, que ficou próximo de 199,8 mil unidades. O volume produzido foi 10,9% superior ao de dezembro (177,5 mil unidades), mês em que a produção é tradicionalmente menor por causa das férias coletivas de fim de ano.
Com relação a janeiro do ano passado, a produção registrou queda de 10,5% no caso dos automóveis e comerciais leves, que ficou em 188 mil unidades, e alta de 1,6% no caso dos caminhões – 6.811 unidades no mês passado contra 6.707 no primeiro mês de 2018.
Com relação ao mercado interno, Megale comentou que o volume só não superou 200 mil unidades por causa do feriado da cidade de São Paulo, o maior mercado de veículos do País.
Foto: Divulgação/PSA
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