Ainda é só o começo de um período que promete continuar com vendas em crescimento e, portanto, ainda define a disputa de mercado dentre as fabricantes de caminhões, afinal, não existe amadores no jogo. Mas a exemplo do modelo de pontos corridos do Campeonato Brasileiro de Futebol, no qual quem sai na frente costuma levar vantagem no final, a Mercedes-Benz desponta como candidata a emplacar mais um ano de liderança.
Conforme mostram os dados da Anfavea, depois de encerrar o ano passado na liderança, com 21,1 mil caminhões vendidos ou quase 28% do mercado, a companhia iniciou o ano dominando os licenciamentos. No primeiro mês do ano, o setor de transporte de carga absorveu pouco mais de 2 mil modelos da marca, volume que representou avanço de 49,8% ou participação de 29,8% de um mercado perto de 7 mil unidades.
O desempenho da fabricante de São Bernardo do Campo (SP) foi especialmente estimulado pelos emplacamentos de pesados. Dos 3,4 mil veículos da categoria licenciados em janeiro, perto de 1,1 mil foram da marca, volume 89% superior ao registrado no mesmo mês de 2018. O resultado apurado correspondeu a 31,6% dos negócios no segmento. É fato que o ano passado começou em patamares de venda bem menores, mas naquela ocasião a Mercedes-Benz anotou 28,5% nos negócios, quando somou 570 unidades vendidas em mercado de 1,7 mil caminhões pesados.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus sustentou a vice-liderança em janeiro com 1,6 mil caminhões negociados (inclui a marca MAN), em alta de 28,7% em relação ao volume de um ano atrás, de 1,2 mil unidades. O resultado permitiu a montadora participar com 23,9% do mercado. Está longe, no entanto, de aproveitar o bom desempenho da categoria de pesados, a que mais cresce atualmente. Nesta seara, a marca vendeu em janeiro 393 unidades, participação de 11,5%.
LEIA MAIS
→Mercado de caminhões começa o ano superaquecido
→Mercedes-Benz: continuidade do crescimento a toque de caixa.
→Mercado de caminhões cresce 47% em 2018
Com produtos que atuam somente nas categorias de semipesados e pesados, a Scania somou 953 vendidos em janeiro, uma expressiva alta de 91,4% sobre os 498 caminhões vendidos um ano antes. Do volume negociado pela empresa, 914 foram de pesados, o que concedeu à marca fatia de 28,7% das vendas na categoria no mês passado e o desempenho que chegou mais próximo do da Mercedes-Benz no começo de ano.
A Ford garantiu o quarto lugar no ranking praticamente empatada com Scania, mas ao contrário da Sueca, a marca americana está presente em todas as categorias. Em janeiro vendeu 950 caminhões, o que representou alta de 65,5% na relação às vendas do mesmo mês de 2018 (547 unidades). O resultado proporcionou à montadora uma participação 13,6% do mercado.
A Volvo foi a quinta fabricante mais vendeu caminhão no mês passado. O mercado adquiriu 734 modelos da marca, outra significativa alta de 95,2% sobre as vendas de janeiro de 2018, quando computou 376 unidades licenciadas. Cabe lembrar que, como a Scania, a fabricante de Curitiba (PR) também atua somente dentre semipesados e pesados. Seu desempenho no mês passado representou 10,5% das vendas do mercado e 18,3% das de pesados.
O ranking de janeiro segue com a Iveco com vendas de 280 unidades, participação de 4% do mercado, e DAF, com 205 caminhões vendidos (2,9%).
Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
- Iveco avança em conectividade com o S-Way - 19 de dezembro de 2024
- Mercado de caminhões: disputa de marca mais acirrada só mesmo em pesados. - 18 de dezembro de 2024
- MWM aumenta o Centro de Distribuição de Peças em Jundiaí - 16 de dezembro de 2024