Com base em balanço prévio que indica crescimento no ano passado, o presidente-executivo da Abal, Associação Brasileira do Alumínio, acredita na manutenção do viés de alta do setor este ano, apostando nos bons ventos dos mesmos segmentos que foram bem em 2018, dentre os quais o de transporte, que inclui vendas para montadoras, autopeças, implementadores e afins.
A entidade ainda não fechou os dados do ano passado, mas pelo levantamento realizado até setembro estima que o consumo total tenha chegado 1,4 milhão de toneladas de produtos transformados de alumínio, com alta de 10% sobre 2017.
No período janeiro a setembro, os segmentos que mais cresceram internamente foram os de embalagens, com alta de 16,8%, e de transporte, com expansão de 14,4%. Também foi positivo em 16,6% o segmento de eletricidade, nesse caso impulsionado principalmente por importações.
“A indústria do alumínio vem se recuperando, apesar do cenário desafiador representado por 2018. Enfrentamos um ambiente político crispado, tivemos a greve dos caminhoneiros que afetou a economia como um todo e o nosso segmento, especialmente, sentiu os efeitos da guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Mas mesmo assim conseguimos crescer”, comenta Rego.
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Um sinal claro de que os negócios se manterão em alta em 2019, segundo o presidente da Abal, são os investimentos que algumas das maiores empresas do setor já anunciaram para o ano, envolvendo principalmente novos materiais que visam atender demanda de diferentes setores, inclusive da indústria automotiva.
“Nosso otimismo baseia-se principalmente nos segmentos que mais contribuíram para a elevação das nossas vendas”, destaca Rego.
Foto: Divulgação/CBA