Empresa

As boas perspectivas da Iveco com a volta ao segmento de médios

Entusiasmado com a chegada dos novos caminhões de 9 e 11 toneladas, Marco Borba, vice-presidente da empresa, projeta crescimento de 10% a 20% este ano

Com vendas em alta no mercado brasileiro e líder na categoria de caminhões acima de 16 toneladas na Argentina, a Iveco, marca da CNH Industrial, voltará este ano a atuar no segmento de médios, com o lançamento dos modelos Tector de 9 e 11 toneladas. Sem revelar a data em que os novos produtos serão vendidos no Brasil e na Argentina, Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América do Sul, não esconde o entusiasmo com o retorno da marca a esse importante segmento do mercado de caminhões. “Estamos conseguindo manter os investimentos em linha com o que foi projetado e a expectativa para 2019 é muito boa. Vamos voltar ao segmento de 9 e 11 toneladas e apostamos que este ano o crescimento do mercado brasileiro de caminhões, que estimamos seja entre 10% e 20%, será linear em todas as categorias”.

A Iveco comemora 50 anos de produção na Argentina este ano. A crise no país vizinho afetou muito os negócios da empresa?
O mercado lá, na faixa de 25 mil caminhões em 2018, está dentro da média histórica. Houve queda sobre as 30 mil do ano anterior, mas em 2016 as vendas ficaram na faixa de 20 mil.  Fechamos o ano passado com participação de 26% no mercado total (expansão de 1,2% no volume de emplacamentos) e fomos líder na categoria acima de 16 toneladas, com a venda de 5,3 mil unidades de um total de 13,5 mil.

Quais os produtos mais vendidos na Argentina?
A marca se destacou no segmento de semipesados com o Tector, com ampla aceitação de sua versão automatizada, a Auto-Shift. No segmento de pesados o Stralis teve um crescimento exponencial, que levou o modelo a duplicar sua participação de mercado no segundo semestre de 2018.

E no Brasil? O expressivo crescimento no mercado de caminhões no ano passado deve ser mantido este ano?
O mercado brasileiro vem reagindo desde meados de 2017 e acreditamos que haverá continuidade do crescimento este ano. Não nos níveis de 2018 (a expansão nas vendas internas foi de 46,3%), mas ainda na faixa de dois dígitos, entre 10% e 20%. Desde, é claro, que não haja nenhuma surpresa por parte do governo.

Qual a expectativa da empresa para este ano?
Estamos conseguindo manter os investimentos em linha com o que foi projetado e, por isso, a expectativa é boa, é de garantia de crescimento. Vamos manter nosso sistema de serviços, com forte foco no pós-venda. E continuamos a investir em novos produtos. Além das novidades que chegaram recentemente ao mercado, como o Daily City, o Tector Auto-Shift e o Hi-Road, teremos outros importantes lançamentos este ano.

Quando chegam os novos produtos?
Ainda não podemos revelar datas. Mas o importante é que vamos voltar ao segmento de 9 e 11 toneladas, com o lançamento dos novos modelos Tector que mostramos na última Fenatran e que prometem um grande impacto sobre o mercado de veículos comerciais.

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Onde serão produzidos os novos modelos?
Inicialmente na fábrica mineira de Sete Lagoas, para abastecer o mercado brasileiro e o Argentino. Mais para frente poderemos pensar em produção também em Cordoba. Mas ainda não tem nada definido.

E quanto à fábrica de Sete Lagoas? Há planos de expansão?
Com relação à fábrica de Sete Lagoas, ainda estamos aguardando a evolução do cenário político e econômico para tomar novas decisões. Uma sinalização mais clara de tudo que está sendo discutido no momento. Tivemos 5 anos de crise brava e agora vemos um cenário mais tranquilo. Mas ainda é preciso esperar um pouco.

Em 2018 o segmento que mais cresceu foi o de caminhões pesados. E vocês agora retornam ao segmento dos médios? O cenário deve mudar este ano?
Esse ano o crescimento deve ser mais linear. Quando tem crise, o primeiro segmento a cair é o de pesados. Mas quando vem a recuperação é também o de pesados o primeiro a sair. Tanto é que no ano passado a alta na venda desse segmento foi na faixa de 90%. Este ano o crescimento deve ser linear dentro da faixa de 10% a 20% que estimamos para o mercado como um todo.


Foto: Divulgação/Iveco

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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