A indústria brasileira de motocicletas iniciou 2019 em ascensão. Em janeiro, saíram das linhas de montagem das fabricantes instaladas em Manaus, AM, 84,1 mil motos, 3,4% a mais do que no mesmo mês do ano passado e 24% superior ao resultado de dezembro.
O crescimento da produção ficou até aquém da evolução das vendas ao mercado interno, que manteve a curva ascendente dos últimos meses. No mês passado foram entregues às revendas 81,6 mil unidades, alta de 13,5% na comparação com janeiro de 2017 e de 22% sobre dezembro.
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, entende que os primeiros números de 2019 já são suficientes para confirmar a projeção da entidade de crescimento de 4,2% na produção de motocicletas este ano.
“Hoje o cenário macroeconômico é bastante favorável: temos inflação sob controle, queda nas taxas de juros e nos índices de inadimplência. Esse tripé trouxe de volta às concessionárias o consumidor que deseja uma motocicleta zero quilômetro”, afirmou.
Entre as categorias de motocicletas mais comercializadas no primeiro mês do ano a liderança ficou com a street, com 54,1% de participação (44,1 mil unidades). Na sequência aparecem a trail, com 18,9% (15,4 mil), motoneta, com 15,5% (12,6 mil), scooter, 5,3% (4,3 mil) e naked, com 2,5% (2 mil).
Os negócios e a evolução no varejo foram ainda mais expressivos do que no atacado. Segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), 90,7 mil motocicletas foram emplacadas em janeiro, alta de 17,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 7,9% sobre dezembro.
Apesar de as vendas em janeiro serem habitualmente menores em decorrência das férias, a média diária foi de 4.123 unidades, apenas 1,9% abaixo do que em dezembro, mas ainda assim 17,8% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado.
A retração do mercado argentino foi o principal fator para o minguado desempenho das importações em janeiro, quando foram embarcadas apenas 4,6 mil unidades, queda de 44,5% na comparação com janeiro de 2018.
A Argentina é historicamente o principal destino das motos brasileiras no exterior. No primeiro mês do ano , poém, recebeu somente 348 unidades, ficando no terceiro posto, muito atrás dos Estados Unidos (1,2 mil) e logo em seguida da Austrália, para onde foram enviadas 412 unidades.
Foto: Divulgação/BMW