Em tempos de direção autônoma e o consequente crescimento da demanda por conectividade, investir em inovação e novos processos produtivos é palavra de ordem no setor automotivo, incluindo a base fornecedora. Pelas últimas projeções do Sindipeças, as indústrias aqui instaladas vão investir R$ 2,72 bilhões este ano, 10% a mais do que os R$ 2,42 bilhões de 2018.
Também há previsão de expansão no faturamento do setor, que deverá atingir R$ 107,1 bilhões, valor 8,4% superior registrado no ano passado, que segundo dados preliminares do Sindipeças chegou a R$ 98,8 bilhões. A receita de 2018 foi a maior desde 2013, quando o setor faturou R$ 87,6 bilhões.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, 15, sobre a reeleição de Dan Ioschpe para a presidência do Sindipeças, a entidade confirma a expectativa de mais um ano com crescimento da venda de veículos no Brasil. Na avaliação de Ioschpe, apesar da queda das exportações provocada pela crise argentina, a produção de veículos deverá continuar em alta, com impacto positivo para o setor autopeças.
No comunicado, o presidente do Sindipeças destaca que a entidade segue trabalhando para que haja a melhoria contínua da competitividade da indústria de autopeças brasileira e sua inserção cada vez maior no vasto mercado automotivo global.
“Para isso, é fundamental o estímulo à inovação, ao treinamento e à participação em feiras setoriais ao redor do mundo. Iniciativas como o Inova Sindipeças, o Instituto Sindipeças de Educação Corporativa e o Brasil Auto Parts são bons exemplos de nossa atuação”, acrescenta o empresário.
→Sindipeças firma parceria para incentivar P&D no setor
→Indústria de autopeças retoma patamar pré-crise
Com relação aos investimentos do setor, vale destacar que o montante aplicado no ano passado foi 30% superior ao de 2017, quando a indústria de autopeças fez aportes de R$ 1,85 bilhão. Se confirmada a projeção para este ano, a indústria de autopeças ampliará investimento em 47% no período de dois anos.
Os aportes da indústria de autopeças vêm crescendo desde 2016, quando limitaram-se a R$ 1,57 bilhão. Mas ainda não retomaram os níveis de antes da crise que afetou o mercado de veículos entre 2014 e 2016. Pelos dados do Sindipeças, os investimentos chegaram a R$ 4,53 bilhões em 2013.
De qualquer forma, o importante no momento é que a maioria dos indicadores da entidade para este ano são positivos. Além de ampliar faturamento e investimentos, o setor expandirá o quadro de mão de obra em 5,5%, com o numero de funcionários saltando dos 174,5 mil do ano passado para 184,1 mil até o final de 2019. Na década, o maior número de empregos no setor, na faixa de 220 mil, foi registrado em 2013.
LEIA MAIS
→Déficit comercial das autopeças cresce 5,6% em 2018
→EUA e México compram mais autopeças brasileiras do que a Argentina
O Sindipeças também projeta alta nas exportações e nas importações. As vendas externas devem crescer 2,3%, ficando próximas de US$ 8,1 bilhões. As importações, por sua vez, tendem a ter alta de 9,9%, subindo para US$ 15,36 bihhões. Aí concentra-se o único dado negativo previsto para este ano. O déficit comercial deve ser ampliado em 20%, para US$ 7,2 bilhões.
Foto: Pixabay
- Começa na segunda a maior feira de transporte da América Latina - 1 de novembro de 2024
- Toyota nacionalizará motor dos híbridos flex e montará baterias no Brasil - 31 de outubro de 2024
- Toyota inicia construção de nova fábrica em Sorocaba - 31 de outubro de 2024