Apesar de ter apresentado desempenho positivo no ano passado, as vendas de novas cotas de consórcio cresceram abaixo da média da expansão dos emplacamentos no País e, com isso, essa modalidade de financiamento está perdendo espaço no mercado.
A maior queda acontece no segmento de motocicletas, que até até 2016 tinha no consórcio o seu principal canal de escoamento. De acordo com dados da Anef, a associação que reúne as instituições financeiras das montadoras,a fatia das vendas de veículos duas rodas via consórcio despencou de 36% apra 32% entre 2016 e 2017 e atingiu patamar de apenas 27% no ano passado.
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A redução dos juros na modalidade CDC, Crédito Direto ao Consumidor, é o principal fator que explica essa migração. A participação do CDC, que era de 33% em 2015, fechou o ano passado em 41%. De 2016 para 2017 o índice já tinha subido de 34% para 38%, ano em que passou a dominar as transações com motos no País. No caso das vendas à vista, a participação subiu de 30% em 2017 para 32% no ano passado.
No segmento de automóveis e comerciais leves o consórcio também perde espaço, mas não de forma tão acentuada como no mercado de veículos duas rodas. Ainda segundo dados da Anef, o consórcio manteve fatia de 5% nesse segmento entre 2015 e 2017 e baixou para 4% em 2018.
O CDC também vem ganhando espaço no mercado de veículos leves. Sua participação nesse caso subiu de 48% para 52% de 2017 para 2018, enquanto as vendas à vista baixaram de 45% para 43% e o leasing caiu de 2% para 1%.
De acordo com dados da Anef, os juros do CDC nos financiamentos de automóveis nas instituições ligadas às montadoras baixaram de 23,8% para 17,8% ao ano de 2017 para 2018. Nas instituições particulares a queda foi de 26,2% para 21,68%. Também caiu a inadimplência no período, de 5,2% para 4,8%.
Foto: Divulgação/BMW
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