Com a fábrica inteiramente reformulada e mais flexível para atender, vendas da empresa deve chegar em torno de 10 mil unidades
A Scania trabalha com a perspectiva de alta de 10% a 20% no mercado de caminhões acima de 16 toneladas em 2019, faixa que compreende as categorias de semipesados e pesados, nas quais a fabricante atua no País. Caso a estimativa se realize, os licenciamentos alcançarão volumes entre 58 mil e 63 mil unidades.
A expectativa de um cenário econômico mais favorável, a melhora na confiança do transportador e a projeção de mais um resultado robusto na safra agrícola são os pilares que sustentam o ânimo da empresa. “A renovação e a ampliação de frota estão acontecendo e devem continuar. Depois já se vê uma movimentação de compra no varejo e na indústria, segmentos que ainda não trouxeram volumes”, observa Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania, mas pondera: “Os próximos meses dirão muito mais caso se concretize medidas econômicas por parte do novo governo.”
Segundo Munhoz, a meta da Scania é de acompanhar a alta do mercado. A empresa, no entanto, tem um desafio pela frente para introduzir a nova geração de caminhões. Para a produção, ainda em fase inicial, a unidade de São Bernardo do Campo (SP) foi inteiramente reformulada, e passa agora por um período natural de adaptação para elevar o ritmo de produção. “Espelho das instalações na Suécia, a fábrica nasce junto com a nova geração, projeto que levou quatro anos e demandou € 75 milhões especialmente para receber os novos produtos”, conta Ricardo Cruz, gerente executivo da fábrica de soldas da companhia.
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Desde que a Scania começou aceitar encomendas da nova geração, a partir do lançamento comercial dos veículos, em outubro no ano passado, a empresa já contabiliza 3 mil pedidos, quase 35% do que a fabricante negociou em 2018. O volume, segundo Roberto Barral, vice-presidente das operações comerciais da Scania no Brasil, já é suficiente para ocupar as linhas de montagem até abril ou maio. “Nossas vendas também deverão entre 10% a 20%. Devemos fazer por volta 10 mil unidades e, agora, com mais flexibilidade na fábrica e novas especificações de produtos.”
Barral adianta que as expectativas para 2019 é de registrar um desempenho como o do ano passado: “com todos os objetivos alcançados e acima do esperado”. Em 2018, a Scania contabilizou 8,6 mil caminhões vendidos, volume que proporcionou uma alta de 50% na comparação com 2017. A maior parte, 8 mil unidades, foi de pesados, um crescimento de 64% e participação de 23% na categoria, a terceira que mais vendeu no segmento depois de Mercedes-Benz e Volvo.
Foto: Scania/Divulgação
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