Produto

Com baixa demanda, Mercedes-Benz Vito sai de produção

Utilitário argentino vendeu menos de mil unidades no Brasil em três anos

A trajetória da van Mercedes-Benz Vito no Brasil é para lá de discreta desde seu lançamento no segundo semestre de 2015.  Com versões de carga e passageiros, nem de longe chegou a ter algum protagonismo, ainda que a montadora, ao aprensentá-lo, afirmasse que o utilitário revolucionaria o segmento.

Pois dificilmente o Vito terá nova oportunidade para isso, já que a fábrica de Virrey del Pino, na Argentina, de onde o modelo era importado, revelou o fim de sua produção.

Foram apenas pouco mais de três anos em linha e uma quantidade negociada diminuta para um veículo utilitário. Nesse período, o mercado argentino absorveu somente cerca de 4,6 mil unidades.

No Brasil, destino de exportação da maioria dos veículos argentinos de todas as marcas, o desempenho foi ainda mais  raquítico: meros 979 veículos nos três anos — 438 deles, quase a metade, em 2017. Em 2018, os licenciamentos limitaram-se a marginais cinquenta unidades.

LEIA MAIS

→Mercedes-Benz: continuidade do crescimento a toque de caixa.

→Mercedes-Benz inicia a venda da versão A 250 Vision

Apesar desses números e da confirmação do fim da produção, os sites argentino e brasileiro da Mercedes-Benz  seguem ofertando o Vito nas duas versões. Isso porque operação argentina assegurou que há estoques suficientes para os próximos meses.

Um dos grandes obstáculos para um melhor desempenho mercadológico do Vito está dentro da própria marca. O complexo industrial da Grande Buenos Aires produz há 22 anos também o Sprinter, utilitário esportivo maior e de melhor aceitação principalmente no mercado brasileiro, para onde seguiram perto de 130 mil unidades nessas duas décadas.

Com o fim do Vito, a empresa cria espaço na linha de montagem para aumentar a produção do Sprinter, que terá sua terceira geração apresentada até o fim deste ano. Para desenvolver e fabricar a chamada Sprinter III, a montadora desembolsa cerca de US$ 150 milhões.

No ano passado, foram exportadas para o Brasil quase 10,4 mil unidades, 56% a mais do que em 2017. O modelo, que tem versões furgão de carga, de passageiro e até cabine-chassi, deteve, segundo a montadora, a liderança do segmento com 36,1% participação.

Para 2019, a empresa espera novo crescimento do segmento utilitários e Roland Zey, presidente da Mercedes-Benz Argentina e diretor geral de Vans para a América Latina, reconhece, em nota, que o foco no momento é atender a crescente demanda no Brasil. O Vito, assim, não teria mesmo muitas alternativas.


Foto: Divulgação/MB

Compartilhar
Publicado por
George Guimarães

Notícias recentes

Moura lança baterias de lítio de 12V e 48V na Automec

Produtos já estão sendo negociados no Brasil e a de 48 V já foi homologada…

% dias atrás

BorgWarner prepara produção de nova linha de baterias

Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2026, empresa já testa protótipos em Piracicaba…

% dias atrás

CNH triplicará centro de distribuição no Centro-Oeste

Estrurutra terá 8 mil m² para reduzir em 50% tempo das entregas

% dias atrás

Setor de transporte impulsiona o consumo de alumínio

Indústria de veículos pesados absorveu 116 mil toneladas no ano passado, 15% da demanda nacional

% dias atrás

Mercedes-Benz coloca seu micro-ônibus no campo

Chassi LO 916R Fretamento Rural é alternativa para transporte em estradas de terra e pisos…

% dias atrás

Acea: venda de automóveis na Europa fecha o 1º trimestre estável

Híbridos dominam as entregas com participação perto de 44%

% dias atrás