Com 257,2 mil unidades fabricadas em fevereiro e um total de 455,3 mil no acumulado do ano, a indústria automobilística registrou o melhor primeiro bimestre em produção desde 2014. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fabricadas 432,2 mil unidades, a alta é de 5,3%.

O resultado do mês passado foi 29,9% superior ao de janeiro e 20,5% acima do registrado em fevereiro de 2018. Ao divulgar os dados do setor nesta segunda-feira, 11, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, disse que o bom desempenho do mercado interno está compensando a queda nas exportações, provocada principalmente pela crise do mercado de veículos na Argentina.

Enquanto as vendas domésticas de veículos leves e pesados cresceram 17,8% no bimestre, atingindo 398,4 mil emplacamentos no período, as exportações despencaram 41,9%, baixando de 112,7 mil para 65,5 mil unidades no comparativo interanual.

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Apesar do menor número de dias úteis em relação a janeiro, fevereiro não teve neste ano o feriado de carnaval, o que contribuiu para o bom resultado na produção. Segundo Megale, esse é um indicativo de que as montadoras apostam na continuidade do crescimento das vendas internas e fizeram estoques para abastecer o mercado agora em março.

O nível de emprego no setor foi ampliado em quinhentos novos postos de trabalho, para 131 mil funcionários. A média diária de vendas em fevereiro ficou em 9.932 veículos, 10% a mais do que a registrada em janeiro.

No encontro mensal com a imprensa, Megale comentou sobre o fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, dizendo que ser essa uma decisão estratégica mundial da empresa. Reconheceu, no entanto, que haverá impacto negativo na região do ABC paulista, assim como admitiu que com o fim da operação da Ford em São Bernardo haverá redução da ociosidade do setor.

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“Não é assim que gostaríamos de ver nossa capacidade ociosa ser reduzida. Até porque é fábrica histórica, eu mesmo já trabalhei lá. Mas temos de respeitar a decisão da empresa”.


Foto: Divulgação/Renault

 

Alzira Rodrigues
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