Depois de finalizar 2018 com aumento das vendas da ordem de 49%, o mercado brasileiro de implementos rodoviários chegou a 16,5 mil unidades no primeiro bimestre e cravou novo salto: 54% a mais do que os emplacamentos registrados em igual período do ano passado.
Norberto Fabris, presidente da Anfir, Associação dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, comemora o desempenho com reservas. “Os primeiros meses de 2018 foram fraquíssimos, estávamos no fundo do poço. Apenas a partir de abril e maio começamos a recuperar. Naturalmente esse índice mudará”, ponderou.
Mudará, mas ainda assim será positivo ao fim do ano, calcula a entidade. As projeções apontam para avanço dos emplacamentos da ordem de 10% ou até 15%, para algo entre 99 mil e 104 mil implementos — no ano passado foram negociadas 90,1 mil unidades.
Fabris entende que a produção seguirá exatamente essa variação, pouca coisa mais talvez, podendo atingir de 104 mil a 109 mil equipamentos – algo como 76 mil semi-reboques, consideradas neste caso também as cerca de 5 mil unidades que devem seguir para outros mercados.
A expectativa para as exportações, assim, é de crescimento maior, da ordem de 20%, já que no ano passado o setor embarcou 4,1 mil unidades, também 20% a mais do que em 2017.
O desempenho do primeiro bimestre foi particularmente melhor para os implementos pesados. Os emplamentos no período chegaram a 8,9 mil equipamentos contra 5,2 mil nos dois primeiros meses do ano passado, avanço de nada menos do que 72%.
No segmento de leves, as chamadas carrocerias sobre chassi, o crescimento foi menos da metade: 32%, de 5,5 mil em 2018 para 7,6 mil no acumulado dos dois primeiros meses de 2019.
Apesar de se dizer otimista, Fabris reconhece que a economia não tem ainda dado resposta satisfatória para acelerar, em especial, os negócios que movimentam os implementos leves, como comércio, pequenos serviços e a distribuição de produtos nas cidades.
Esse ritmo mais lento na retomada de leves tem gerado uma distorção com relação ao comportamento histórico do mercado. Em anos regulares, afirma a Anfir, a relação entre os segmentos oscila de 1,5 a 2 produtos leves para cada implemento pesado. Em 2019 a projeção é de vendas praticamente iguais – no primeiro bimestre os pesados prevaleceram ainda.
Foto: Divulgação
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