Em contraste com a produção de veículos que registrou queda de 10% em janeiro com relação ao mesmo mês do ano passado, a indústria de autopeças começou o ano com faturamento em alta de 8,2% no mesmo comparativo, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 15, pelo Sindipeças.
A receita nominal, segundo a entidade, foi ligeiramente superior à média de 2018, mas ficou abaixo da média do segundo semestre de 2018, principalmente por causa da queda das exportações para o mercado argentino que se acentuou a partir de meados do ano.
No caso das montadoras, a queda no comparativo anual de janeiro contra janeiro também reflete a retração nas vendas de veículos no país vizinho. A indústria automobilística conseguiu se recuperar no acumulado do primeito bimestre graças ao bom desempenho do mercado interno.
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Em janeiro, a indústria de autopeças ampliou em 9,3% as vendas para as montadoras no comparativo com idêntico mês de 2018. O crescimento foi de 4% nos negócios relativos ao mercado de reposição, de 5% nas exportações e de 22,2% nos negócios intrassetoriais.
“Salta aos olhos o resultado das vendas intrassetoriais em janeiro, justificado pela antecipação das compras para atender demanda futura”, avalia o Sindipeças em sua pesquisa conjuntural mensal, indicando que a indústria automobilística continua apostando nos bons ventos do mercado interno.
A variação acumulada em 12 meses indicou que as transações com montadoras expandiram-se em 15,5%, ao passo
que as vendas no mercado de reposição crescem 6,7% e as exportações em reais tiveram alta de 24%, “um ritmo interessante para o primeiro mês do ano”, conforme destaca o Sindipeças no seu relatório. As operações intrassetoriais no comparativo acumualdo de 12 meses acompanhu o mercado de OEM, avançando 13,7%.
A utilização da capacidade, que havia recuado para 61% em dezembro, subiu para 67% em janeiro, retomando o patamar de novembro. Como reflexo do desempenho mais fraco da atividade no último trimestre do ano, a capacidade utilizada no primeiro mês de 2019 ficou um pouco abaixo da média de utilização de 2018, que foi de 68,5%.
Foto: Divulgação/Meritor
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