As importações de autopeças registraram queda de 21,9% no primeiro bimestre deste ano, atingindo US$ 1,8 bilhão ante os US$ 2,2 bilhões do mesmo período do ano passado. Também houve retração nas exportações, mas em índice menor, de 7,4%, com receita de US$ 1,1 bilhão nos primeiros dois meses de 2019.
O resultado é um déficit na balança comercial do setor de US$ 625,9 milhões, valor 39,2% inferior ao verificado no primeiro bimestre do ano passado, que foi de US$ 1 bilhão, conforme dados divulgados esta semana pelo Sindipeças.
Na avaliação da entidade, o desempenho deste início de ano “pode ser explicado por fatores associados à volatilidade da taxa de câmbio, às incertezas provocadas pelas falhas de comunicação do governo, aos desdobramentos da crise na Argentina e às dúvidas provocadas por declarações da General Motors, que não se confirmaram, mas que foram mantidas no caso da Ford”.
As exportações para a Argentina continuam encolhendo. As vendas para o país vizinho caríam 39,3% no bimestre, de 368,1 milhões para US$ 223,8 milhões no comparativo interanual. Já para os Estados Unidos houve alta de 12,3%, com total de US$ 259,2 milhões. Também cresceram as exportações para o México (37,4%), Chile (61,9%), Colômbia (36,3%) e Peru (62%).
No caso das importações, houve pequeno crescimento de 1,3% nas compras oriundas da China, com total de US$ 307,4 milhões este ano. Já as importações prevenientes dos Estados Unidos, México, Alemanha, Japão e Coreia do Sul apresentaram queda em faixa próxima a 30%.