Tradicional marca húngara começa a ser importada para os segmentos OEM e reposição
A estreia será na Automec 2019, na última semana de abril. Em um mesmo estande, ao lado da coirmã GE, a tradicional marca de lâmpadas Tungsram estará oficialmente lançada no Brasil. Ou melhor, relançada! Nos anos 90, ela esteve por um curto período nos veículos brasileiros.
“A ideia é exatamente mostrarmos que elas andarão juntas, têm a mesma origem, mas posicionamento de mercados próprios”, enfatiza Mario Morelli, diretor da distribuidora BRLight, empresa que ao lado da também distribuidora GLA, representam ambas as marcas no País e na América do Sul.
A apresentação da Tungsram na maior mostra do setor de autopeças da América Latina indica a disposição e pretensões dos dois grupos brasileiros com a linha que abrange de lâmpadas convencionais a produtos considerados premium para faróis, lanternas, setas e iluminação interna dos veículos para fornecimento direto às montadoras (OEM) e reposição.
Os grupos inclusive trabalham na homologação regional de produtos já certificados em outros mercados para o OEM no Brasil e na Argentina. Paulo Moscatelli, diretor da GLA, admite também encamihamento de tratativas com as montadoras de automóveis, dentre elas a PSA e Toyota.
Num primeiro momento, em processo lógico, a Tungsram, chegará com mais força no mercado de reposição para automóveis, veículos pesados e motocicletas, responsável por cerca de 60% a 70% das mais de 120 milhões de lâmpadas negociadas anualmente no País.
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Entretanto, reconhecem os executivos, o fornecimento para os fabricantes de veículos será essencial — quase mandatório — para o crescimento e sustentabilidade dos negócios no longo prazo. “A Tungsram veio para ficar”, enfatiza, Morelli, que assegura que a nova marca brigará para ser uma das quatro maiores.“Vamos estar no topo da pirâmide, onde estão três grandes players, dentre eles a própria GE.”
Apesar disso, GLA e BRLight entendem que, mesmo considerando alguma sobreposição de linhas, as duas marcas se complementarão. Calculam que a Tungsram tem potencial até para alcançar a atual participação de 8% a 10% das lâmpadas GE no mercado brasileiro em uns três anos. “Podemos assim dobrar nossa presença”, afirma Morelli.
Para ajudar nessa esperada trajetória, além das campanhas publicitárias e ações em pontos de venda que inaugurarão os esforços para formação aqui da imagem de marca, apostam na diversidade da linha importada da Hungria, país onde a Tungsram surgiu há mais de um século, em 1896.
O portfólio de produtos é extenso, desde lâmpadas convencionais, halógenas até LEDs de alto desempenho. Os primeiros chegarão aos pontos de venda ainda no primeiro semestre. Alguns mais sofisticados, porém, estão previstos para a segundo parte do ano.
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A entrada no Brasil, maior produtor e mercado de veículos da América do Sul, é parte da estratégia global de expansão da Tungsram, cuja divisão automotiva foi criada há sessenta anos e hoje tem forte presença em países da Europa, Oriente Médio e também no Chile. Em particular, depois da aquisição da GE Iluminação Automotiva e suas cinco fábricas na Hungria no começo do ano passado.
A negociação é uma curiosa reviravolta na longínqua relação dos grupos. No começo dos anos 90, após a queda da chamada Cortina de Ferro, a GE comprara as plantas da própria empresa húngara. Nesse quarto de século, vinha produzindo na Hungria lâmpadas automotivas das duas marcas, com as Tungsram mais restrita a mercados circunvizinhos.
A produção simultânea persistirá, mas agora tendo como parâmetro também na expansão global da marca húngara. A chegada ao Brasil e demais países da América do Sul neste momento ajudará nessa missão. Afinal, enquanto Morelli projeta crescimento médio do segmento OEM no subcontinente da ordem de 6% a 7%, Moscatelli aposta em vendas de 10% a 15% maiores na reposição brasileira em 2019.
Fotos: Divulgação
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