A ZF fechou negócio de longo prazo com a BMW para fornecimento de nova geração de transmissão automática de oito marchas. A empresa não revela valores, mas dá a dimensão de dezenas de bilhões de Euros. A transmissão atual nesta configuração, produzida desde 2009, recebeu novos desenvolvimentos, como a integração de um motor elétrico. A estimativa é de que esta nova caixa esteja disponível em 2022, quando entrará em produção na fábrica de Saarbrücken, na Alemanha. Depois, será a vez de localizar o câmbio em linhas de montagem da companhia nos Estados Unidos e na China.

“Aperfeiçoamos nossa transmissão automática de oito marchas de forma consistente, conforme os requisitos de eletromobilidade do futuro”, garante Michael Hankel, membro do Conselho de Administração da ZF responsável por tecnologia de transmissão e eletromoblidade. “Com a construção modular utilizando vários elementos originais, a nova geração de transmissão híbrida oferece uma solução flexível adequada a todos os carros de passeio – tanto convencionais como elétricos”.

“Este negócio representa o maior pedido da história da ZF”, reforça em comunicado Wolf-Henning Scheider, CEO da empresa. “Quando se trata de eletrificação de carros de passeio, além de motores puramente elétricos, confirmamos nossa estratégia de focar em híbridos plug-in como solução para o dia a dia e desenvolver produtos atrativos nestas áreas”.

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O bilionário contrato de fornecimento é simultâneo à divulgação de resultados positivos da ZF com o encerramento do seu ano fiscal 2018. Segundo relatório, as vendas do grupo somaram € 36,9 bilhões, em alta de 6% sobre o valor registrado no exercício anterior de € 36,4 bilhões.

O EBITDA ajustado alcançou € 2,1 bilhões contra € 2,3 bilhões do anterior. A margem ficou em 5,6% enquanto em 2017 foi de 6,4%. Com o desempenho, a companhia obteve lucro líquido de € 965 milhões, queda de 17% em relação ao ganho de 2017, de € 1,1 bilhão.

Das unidades de negócios da ZF, as vendas para a indústria de automóveis e comerciais leves no ano passado responderam por 80%, para caminhões e ônibus, 12%, e para o segmento de máquinas agrícolas e de construção, 8%. A companhia encerrou o exercício com 148,9 mil colaboradores, 2,8 mil a mais em relação do quadro contabilizado no ano passado. Somente em investimento em P&D, a empresa aportou € 2,5 bilhões, valor 11% maior do que o de 2017.

“Estamos moldando a rápida evolução do setor de mobilidade para fornecer aos nossos clientes soluções convincentes de sistemas para a próxima geração da mobilidade. Nossos resultados mostram que estamos bem posicionados para os desafios do futuro”, resume em nota o CEO.

A empresa enxerga incertezas políticas e econômicas em muito países em 2019, além de novas legislação de emissões em partes do globo que tornam o ambiente desafiador. A ZF espera que as vendas do grupo neste ano fiquem entre € 37 e € 38 bilhões e busca margem EBITDA ajustada entre 5,0% e 5,5%.


Foto: ZF/Divulgação

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