Com as exportações também em baixa, ritmo da produção de veículos desandou com queda de 31%
Balanço do primeiro trimestre consolidado pela Adefa, a associação que representa os fabricantes de veículos na Argentina, apresenta o retrato de uma acentuada crise no setor automotivo. Em março, as fabricantes locais entregaram ao mercado 33,7 mil automóveis e comerciais leves, expressivo declínio de 57,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as concessionárias receberam 76,5 mil unidades.
Em sucessivas quedas nas vendas, o primeiro trimestre do ano acumulou uma retração de 56,8%, com 94,1 mil veículos negociados. São 123,6 mil unidades a menos do volume apurado nos mesmos três primeiros meses do ano de 2018, de 217,7 mil veículos.
Não bastasse o mercado interno, também as exportações recuaram. No primeiro trimestre, a vendas externas das fabricantes argentinas somaram 47,9 mil unidades, volume 16,4% inferior ao anotado um ano antes, com 57,9 mil veículos embarcados.
Até mesmo o Brasil, o maior comprador, que respondeu por 65,8% das compras no período, absorveu menos automóveis e comerciais leves argentinos, apesar do desempenho positivo no mercado interno brasileiro. Nos primeiros meses do ano, a Argentina enviou para cá 31,5 mil unidades, 21,7% a menos do que o registrado há 12 meses, quando o País recebeu 40,2 mil veículos.
Com o mercado interno e as exportações argentinas em queda, o impacto no chão de fábrica foi desastroso. Somente em março, saíram das linhas de montagem 29,9 mil unidades, volume 41,1% menor em relação aos 49,6 mil veículos produzidos no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos três primeiros meses, a baixa na produção chegou a 30,7%, para 76,7 mil unidades contra 110,6 mil produzidas no primeiro trimestre de 2016.
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Foto: Nissan/Divulgação
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