Depois da Citroën com o Cactus, agora é a vez da Peugeot ganhar seu reforço no segmento de utilitários esportivos compactos no mercado interno. A PSA começou a produzir oficialmente nesta quarta-feira, 24, em Porto Real (RJ), o novo 2008.
Não se trata, contudo, de um produto inteiramente novo, a exemplo do Cactus, mas de atualização do modelo lançado aqui há exatos quatro anos. Na verdade, as modificações no estilo são bastante discretas e algumas já conhecidas na Europa há mais de dois anos.
Em comunicado, porém, a PSA assegura que o SUV compacto foi “remodelado ao gosto do consumidor latino-americano em projeto conduzido pela equipe de Estilo da América Latina. O projeto teria consumido mais de dois anos e investimento direto da ordem de R$ 30 milhões em Porto Real.
O novo 2008 é um dos 16 lançamentos programados pela montadora para o Brasil e região até 2021. “Um dos grandes desafios que temos em nosso planejamento é o de elevar os volumes vendidos na América Latina em 70% de 2018 até 2021. O 2008 será, certamente, um dos elementos que contribuirão para chegarmos a este objetivo”, afirma Patrice Lucas, presidente Brasil e América Latina do Groupe PSA.
O 2008, de fato, tem peso relevante nos negócios da Peugeot no aqui. Responde por quase 40% de tudo que a marca tem vendido. No ano passado, somou 9,7 mil emplacamentos do total de 23,6 mil registrados pela Peugeot.
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Ainda assim, está muito longe dos principais concorrentes, diferença que a PSA espera ao menos ver atenuada com a chegada da nova linha, cujas primeiras unidades chegarão às concessionárias até o fim de maio.
Os números históricos dão boa noção do desafio. Desde seu lançamento no primeiro semestre de 2015, foram negociadas pouco mais de 37 mil unidades. O Jeep Compass, líder dos utilitários esportivos no mercado interno, teve mais de 60 mil unidades emplacadas apenas no ano passado.
O que pode facilitar um pouco mais essa caminhada deve estar sob o capô. Ainda que não confirmado oficialmente pela montadora, o 2008 adotará o mesmo motor turbo 1.6 THP de 173 cv e transmissão automática de seis marchas já presentes no Cactus e em outros modelos do grupo. Se assim for, corrigirá deficiência reclamada por muitos desde o início de sua produção no sul-fluminense.
Foto: Divulgação